CFPS APOSTA EM TECNOLOGIA PARA CONQUISTAR MERCADO DE ENGENHARIA NACIONAL

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Criada em outubro de 2012, a CFPS Engenharia surgiu a partir de uma joint venture entre a gigante americana Fluor e a brasileira Construcap, com o intuito de ganhar espaço no mercado de engenharia nacional. O diretor superintendente da CFPS, Paulo Cintra, acredita que a tradição de 100 anos da companhia estrangeira, aliada aos 68 anos de experiência da parceira brasileira, será responsável pelo reconhecimento do empresariado no país. A empresa, que já conta com 75 funcionários e planeja fechar 2013 com mais de 200 contratados, pretende aproveitar seu know-how e sua tecnologia para conquistar projetos no setor de óleo e gás do Brasil, além de atuar em mineração, petroquímica e biocombustíveis, entre outras áreas.

Como foi a criação da CFPS?

Há uns dois ou três anos a Fluor resolveu voltar para o Brasil. Ela tinha tido operações aqui até 1995, e agora acabou decidindo voltar para explorar novamente o mercado brasileiro, por conta do reaquecimento da engenharia nacional. Ela começou a conversar com algumas empresas nacionais e escolheu a Construcap por identificar os mesmo valores e princípios. É uma joint venture 50%/50%, com o objetivo de fornecer soluções integradas em engenharia.

Que tipos de soluções?

Como temos acesso a todo know how construtivo de alta tecnologia da Fluor, podemos ofertar projetos com visão melhor de construtabilidade, que é olhar o projeto com a ótica de execução futura. A experiência da CFPS abrange desde as disciplinas tradicionais de engenharia, incluindo arquitetura, civil, estrutural, elétrica, mecânica e tubulação, até especialidades avançadas, incluindo simulação, integração de dados de empreendimentos, processos de automação integrados e modelagem 3D interativos.

Qual o foco da empresa no país?

A CFPS atenderá os setores de óleo e gás, mineração, petroquímica, biocombustíveis, entre outros. O que estamos buscando são oportunidades nos segmentos que vemos necessidade de soluções de tecnologia no mercado. Quando olhamos óleo e gás, mineração, petroquímico, biocombustível, vemos espaço para ofertar nossos serviços para agregar valor aos nossos clientes com tecnologia. Vamos ter um diferencial trazendo tecnologia de ponta do mercado mundial.

Como estão as conversas com as empresas?

Temos feito diversas reuniões com a Petrobrás, com muita aproximação quanto às nossas capacidades. E o interesse tanto dela quanto de outras empresas do setor tem sido bem grande.

Também vão atuar em projetos na área offshore?

Podemos fazer serviços de engenharia. Se alguma empresa que tenha estaleiro quiser contratar a CFPS para a engenharia, ela estará apta. Temos o know-how da Fluor, que já desenvolveu projetos de FPSOs, plataformas, enfim, tem uma parte offshore muito forte. Vamos fazer desde o conceitual até o detalhamento.

Quais foram os investimentos realizados no desenvolvimento da CFPS?

Foram feitos investimentos de R$ 25 milhões para torná-la apta a oferecer serviços de engenharia ao mercado. Temos uma força de trabalho de quase 75 funcionários, com plano de crescimento de chegar ao fim do ano com mais de 200 pessoas. Estamos seguindo estritamente o plano de negócios desenhado pela empresa.

Já fecharam algum contrato?

Iniciamos as atividades em outubro de 2012. Desde então temos alguns contratos dentro da empresa. Temos projetos no setor de óleo e gás, de manufatura e no setor automobilístico. Infelizmente não podemos dar nomes de clientes.