CHEMTECH PASSA POR REFORMULAÇÃO PARA MELHORAR GESTÃO DE ÁREAS | Petronotícias




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CHEMTECH PASSA POR REFORMULAÇÃO PARA MELHORAR GESTÃO DE ÁREAS

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Gildeon Filho, presidente da Chemtech. Foto: DivlugaçãoPresente no mercado há mais de 20 anos, adquirida pela Siemens em 2001, a Chemtech passou por uma reformulação interna este ano, com o intuito de melhorar a gestão de negócios e o estabelecimento de metas. O CEO da empresa, Gildeon Filho, que assumiu o cargo no fim de março, conta que as mudanças devem trazer mais autonomia para as áreas, divididas em cinco, além de fortalecer os focos de atuação. A empresa conta atualmente com cerca de 80% a 90% de seus negócios na área de óleo e gás, mas Gildeon afirma que a diversificação é um objetivo, ressalvando que o interesse é crescer em todas as áreas, incluindo o segmento principal. Em relação aos objetivos estratégicos da Chemtech, um dos destaques apontados pelo executivo é prover não apenas engenharia, mas “uma engenharia de valor”.

A Chemtech passou por uma reformulação recentemente?

Foi, sim. Decidimos dar uma reformulada no nosso portfolio, nas áreas de atuação, para dar mais foco, autonomia e facilitar a gestão das áreas. A ideia é que cada área tenha metas específicas em termos de geração de negócios.

Como ficou a nova divisão?

Estabelecemos cinco áreas. A primeira é engenharia conceitual, cujo objetivo é fazer estudos preliminares, estudos de configuração, estudos conceituais e de viabilidade, tanto para offshore, quanto onshore. A segunda é a parte de engenharia multidisciplinar, cujo objetivo é fazer o projeto sair de FEED, fazer detalhamento e dar suporte à fase de proposta. Essa é hoje a nossa maior área, respondendo por mais da metade do nosso negócio.

E as outras três?

A terceira área é de instrumentação offshore, responsável por projetar e construir determinados pacotes ligados à área subsea, como para o monitoramento de plataforma, de risers, de condições oceanográficas e meteorológicas, entre outros. Essa área faz não só o projeto e a engenharia, como toda a integração dos pacotes.

Qual a quarta área?

A quarta seria a parte de life cycle engineering, que são trabalhos de engenharia desde conceitual, básico, detalhamento, mas voltados para plantas existentes, onde haja necessidade de uma intervenção, uma melhoria ou otimização, para aumentar a capacidade de produção.

O que já fizeram nessa área?

Hoje temos uma experiência grande com a Petrobrás em alguns campos onshore, principalmente no Nordeste. Temos também uma experiência expressiva com petroquímica, com a Braskem, e em mineração, com a Vale.

No ano passado a Petrobrás lançou o Programa de Recuperação da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef). Chegaram a participar de alguma maneira?

Temos participado de algumas licitações. Ainda estamos tentando um contrato mais expressivo para fincar mais nosso pé nessa área offshore no que se refere a life cycle.

E a última área?

É a área de TI Industrial, que é uma área muito voltada para software, com o intuito de atender a área industrial. Ou seja, softwares que auxiliem a parte de tomada de decisão, gestão operacional e integração da área de gestão com o chão de fábrica. É preciso um sistema, alguma camada intermediária, que facilite a troca de informação entre uma área e outra. Tem uma série de coisas que fazem parte da TI industrial, incluindo até requisitos para evitar ataques externos.

Depois das denúncias de espionagem por parte da agência americana NSA, a demanda por sistemas de segurança aumentou?

É difícil associar, no momento, esses fatos com alguma questão de mercado. Ainda é recente. Não tenho como afirmar se trouxe ou ainda vai trazer algum impacto. O que posso afirmar é que essa preocupação já existe, e não é de hoje, com ataques externos, de hackers, ou até de vulnerabilidade das redes e dos sistemas, que podem levar à parada de uma unidade ou à perda de informação crítica.

A área de óleo e gás representa quanto dos negócios da Chemtech atualmente? O objetivo é aumentar esse percentual ou diversificar mais?

Entre 80% e 90%. O objetivo é diversificar sim, óbvio, mas no sentido de aumentar o volume de negócios. Queremos ter um volume maior em outras áreas, mas nosso objetivo não é fazer isso em detrimento de óleo e gás. Queremos crescer em todas as áreas.

Em óleo e gás, existe uma divisão de áreas de maior interesse?

Temos grupos com diferentes competências. Alguns mais voltados a downstream e outros mais para upstream. Acabamos decidindo e definindo o rumo dos nossos negócios de acordo com o comportamento do mercado. Viemos de alguns anos em que havia investimentos intensos no downstream e hoje o upstream está tomando mais espaço, principalmente em função do offshore e do pré-sal, então vemos uma mudança no mercado e tentamos nos adaptar a isso.

Quais são os objetivos estratégicos da Chemtech atualmente?

Temos uma diretriz hoje que é ser não somente uma empresa para prover engenharia, mas uma engenharia de valor. Ou seja, uma engenharia que sirva de meio para que os clientes possam atingir seus objetivos, em termos de prazos, custos e de construtibilidade.  

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