CHEVRON CONTRARIA TENDÊNCIA DO MERCADO DE PETRÓLEO E VAI INVESTIR US$ 36,8 BILHÕES NO CAZAQUISTÃO
O Cazaquistão vai receber um investimento da Chevron de US$ 36,8 bilhões no campo de petróleo de Tengiz. É o maior investimento de uma companhia petrolífera do setor privado nesta década no país. A iniciativa da gigante americana surpreendeu porque contraria a tendência dos atrasos e cancelamentos de projetos em função do preço do petróleo bruto no mercado internacional. A aprovação de um plano deste porte numa época em que as empresas petrolíferas têm diminuído os compromissos, em especial em grandes projetos, criou uma certa perplexidade no mercado internacional, mesmo diante do surgimento de um novo conceito destacado nesta quarta-feira (6) pelo Wall Street Journal, dos Estados Unidos, de que a tendência de grandes investimentos já estaria voltando às mesas dos dirigentes das gigantes do petróleo mundial.
A consequência deste investimento é o aumento da produção de petróleo bruto de Tengiz em 260 mil barris por dia. Isso vai elevar a produção da TCO, o consórcio liderado pela Chevron que opera o campo, em 44% em relação à sua média de 595 mil barris/dia do ano passado. A expansão deverá extrair petróleo a partir de 2022. Os gastos previstos do setor até 2020, caíram em cerca de US$ 1 trilhão. Em termos de investimento de petrolíferas do setor privado, a expansão de Tengiz é maior do que qualquer dos outros grandes projetos de petróleo e gás aprovados nesta década, inclusive o da expansão, de US$ 28 bilhões, pela BP, do projeto de gás de Shah Deniz no Azerbaijão, e a usina de Yamal, de gás natural liquefeito, da Total e da Novatedk, de US$ 26,9 bilhões, na Rússia. As empresas receberam o sinal verde em 2013.
A Chevron está reduzindo seu investimento planejado em bens de capital de quase US$ 42 bilhões em 2013 para os US$ 25 bilhões fixados para este ano. A empresa tem vários megaprojetos entrando em produção entre 2014 e 2017. O fato de Tengiz já estar produzindo, em vez de ser um projeto inexplorado, torna o investimento mais atraente. A TCO tem 50% e seu capital controlado pela Chevron, 25% pela ExxonMobil, 20% pela KazMunaiGas, o grupo petrolífero estatal do Cazaquistão, e 5% pela russa Lukoil.
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