CHEVRON E TRANSOCEAN DÃO VERSÕES DIFERENTES PARA VAZAMENTO
Após muitas contradições, o caso do vazamento de petróleo em campo operado pela Chevron ganha mais uma delas. Funcionários da Transocean deram versões diferentes sobre o ocorrido em depoimento á Polícia Federal. A maior discordância é sobre em que momento houve a injeção do fluido de perfuração com pressão alta demais.
Segundo funcionários da Transocean, empresa responsável pela operação da sonda, a pressão encontrada no reservatório foi surpreendente. O sondador Brian Mara trabalhava no momento em que ocorreu o “kick” – quando a pressão do fluido de perfuração não é suficiente para extrair o petróleo e o contamina – e estava tentando conter a situação. Segundo Brian, foi ordenado que se aumentasse a pressão de injeção do fluido para conter o vazamento, porém, mesmo sabendo da capacidade de 10,57 libras por galão do poço, o sondador, que disse cumprir ordens, aumentou a pressão para 13,9 libras por galão.
Já na versão do presidente da Chevron no Brasil, George Buck, o bombeamento do poço foi feito com pressão acima do tolerado desde o início. Porém, ele disse que a pressão só foi elevada a 13,9 libras por galão após seis dias de vazamento. Ele ainda disse, corroborado por funcionários da empresa, que se surpreendeu com a pressão do reservatório e com a força da rocha, e que a “mãe natureza é muitas vezes imprevisível”.
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