
A ANP – Agência nacional de Petróleo –  voltou a  autuar a empresa americana Chevron  na Bacia de Campos. Foi a terceira multa em menos de um mês. Desta vez porque a empresa não avisou  que havia gás  sulfídrico, altamente tóxico, num dos poços em produção no Campo de Frade, o mesmo onde ocorreu o vazamento de óleo quando a empresa fazia a prospecção. Para especialistas, uma omissão altamemente irresponsável apesar da empresa ter pleno conhecimento das regras impostas para prospecção de óleo na região. Recentemente o presidente da Chevron para América Latina, Ali Moshiri, ( foto) criticou o governo brasileiro por ter suspendido a empresa de prospectar no Brasil  e disse que a empresa se sentia “ magoada” por esta atitude. Agora, a gigante americana,  dá mais motivos para ser autuada. O H2S, gás sulfrídrico, é altamente letal. A autuação da ANP foi feita no dia 22, mas só agora foi anunciada. A existência do  gás sulfídrico  nos poços é considerada normal, dependendo do reservatório, mas é preciso que a empresa responsável apresente uma análise de risco para operação de segurança. A Chevron por sua vez, disse que a operação estava sendo feita em segurança e que recebeu a comunicação da ANP apenas nesta quinta-feira e determinou a paralisação da operação do poço produtor e de outros quatro poços injetores de água para aumentar sua pressão. A Chevron continua agindo de forma  não muita clara, evitando informações importantes para apuração do vazamento, como o nome da empresa responsável pela sísmica e perfuração do poço que vazou óleo na Bacia de Campos. O mercado aponta o nome de outra gigante americana, a Halliburton,  que estaria sendo protegida pela Chevron. Mas o serviços de relações públicas da Halliburton em Houston, nega a  participação da empresa, mas não informa claramente quais os poços em que faz a sísmica e a perfuração no Campo de Frade.  Embora para a ANP a empresa responsável, em último caso,  seja a Chevron, seria importante a agência e a própria Polícia Federal, terem a informação precisa do nome da empresa que efetivamente foi responsável pelo trabalho. Se for confirmada que realmente foi a Halliburton a empresa responsável pelo vazamento, pesaria negativamente para ela no mercado, já que também ela esteve envolvida no maior desastre ecológico na exploração de petróleo no Golfo do México.