CHINA AUMENTA APOIO AO DITADOR NICOLÁS MADURO E INVESTE NUMA JOINT VENTURE COM A PDVSA
Depois de a Casa Branca ter decretado um embargo total ao petróleo oriundo da Venezuela e de ter ‘caçado’ os ativos do país nos Estados Unidos, a China avançou com novas medidas que pretendem ajudar o regime do ditador Nicolás Maduro a manter o que resta da economia. Assim, a petrolífera Sinovensa, uma joint venture da venezuelana PDVSA e da estatal chinesa CNPC, lançou esta semana um produto de mistura que permitirá aumentar a capacidade de produção de 110 mil para 165 mil barris de petróleo por dia. A Sinovensa, localizada em Orinoco, produz o chamado Merey, um produto derivado do petróleo que é altamente procurado pelas refinarias asiáticas. A joint venture planeja ainda uma segunda expansão da capacidade produtiva para elevar a produção para 230 mil barris por dia. O plano de expansão da Sinovensa pretende desacelerar a queda na produção do país sul-americano.
A China esteve desde a primeira hora da crise do lado do ditador venezuelano. Foi dos primeiros países a aceitar como boas e democráticas as eleições que mantiveram o sucessor de Hugo Chávez na presidência – em maio de 2018 – e aconselhou a comunidade internacional a seguir-lhe o exemplo. Mesmo depois do surgimento do ‘fenomeno’ Juan Guaidó, a China manteve o seu apoio ao regime ditatorial e alertou para que a postura da Casa Branca diante de Maduro poderia levar a uma situação altamente perigosa para o mundo em geral. Apoiado pela Rússia e pela Turquia – também ativas na área da economia – a China nunca se mostrou sensível às argumentações que emanavam da Casa Branca e manteve um forte apoio ao comércio internacional venezuelano.
A ajuda da China tem o benefício de colocar nas mãos do regime de Pequim mais uma parcela da produção mundial de petróleo, matéria-prima fundamental para o desenvolvimento de sua economia. Pequim aumentou o apoio e acordos com empresas petrolíferas de diversos países, o que lhe tem permitido manter o controlo do setor. A China continua a ser o principal destino das exportações de petróleo de Angola, com 72,28% do total, muito à frente da Índia (10%), Portugal ou África do Sul.
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