CHINA ESTUDA A CONSTRUÇÃO DE 118 NOVAS USINAS NUCLEARES NOS PRÓXIMOS ANOS | Petronotícias




faixa - nao remover

CHINA ESTUDA A CONSTRUÇÃO DE 118 NOVAS USINAS NUCLEARES NOS PRÓXIMOS ANOS

size_590_nuclear-africaO momento mundial é de retomada da energia nuclear e os planos de novas unidades estão a todo vapor. Os países que compõe o Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – estão se adequando à este novo momento.  Somente na China, 118 novos reatores nucleares estão sendo discutidos, com um total de 122.000 MW a serem instalados, o equivalente a quase todo parque gerador brasileiro, considerando todas as fontes. A Rússia estuda 18 novas unidades geradoras, com potência de 16.000 MW, enquanto na Índia o número chega a 35 novas unidades, em um total de 40.000 MW e, por fim, a África do Sul planeja seis novos reatores nucleares, com capacidade de 9.600 MW. O Brasil está terminando Angra 3 e no Programa Nacional de Energia (PNE) é apontada a necessidade de pelo menos novas quatro unidades geradoras, totalizando 4.000 MW, o que faz do país o mais atrasado nos planos de expansão da geração nuclear em relação aos seus pares dos Brics.

Além disso, dentro do grupo de países emergentes, o desempenho brasileiro é o segundo pior na geração de energia nuclear, com 2.000 MW em operação, a frente apenas da África do Sul, que gera 1.830 MW. Atualmente, 72 reatores nucleares estão espalhados ao redor do mundo, e 29 deles estão nos países membros do Brics. O cenário tende a permanecer parecido com o atual. No entanto, das 46 usinas em construção pelos países do grupo, apenas uma é no Brasil.

Até mesmo o Japão, cenário do acidente de Fukushima, já volta suas atenções para a necessidade da energia nuclear, projetando que até 2050 terá 80% da energia elétrica do país oriunda desta fonte.

Com o intuito de fortalecer a estratégia energética brasileira, a Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan) produziu um documento que foi entregue aos presidenciáveis, junto de um estudo da Fundação Getúlio Vargas, em que são apontados três cenários: o primeiro,  conservador, com a necessidade se construir quatro novas unidades até 2030; o segundo, mais realista, em que seriam construídas 18 novas unidades até 2040; e o terceiro, otimista, totalizando 23 novas unidades nucleares, também até 2040.

Mesmo com todos os indicativos da necessidade de ampliação da geração nuclear no Brasil, para garantir a segurança energética do país, o Plano Decenal de Expansão de Energia (2023), desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), não indica nenhuma nova usina nuclear, exceto Angra 3, que deve entrar em operação entre o fim de 2018 e meio de 2019.

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of