CHINA QUER INVESTIR NA CONSTRUÇÃO DE DOIS REATORES NUCLEARES DO PROJETO BELENE QUE ESTÁ PARALISADO NA BULGÁRIA.
A estatal chinesa National Nuclear Corp (CNNC) está interessada em investir no projeto nuclear de geração de energia nuclear Belene, na Bulgária. São duas unidades programadas para serem construídas. Quem confirmou esse interesse foi da própria Ministra de Energia búlgara, Temenuzhka Petkova: “A empresa estatal chinesa CNNC enviou uma carta declarando seu interesse no projeto nuclear de Belene”. A declaração de Petkova foi feita diretamente aos membros ao parlamento. Petkova se comprometeu a apresentar propostas sobre como prosseguir com o projeto até o final de junho. Ela disse que a Bulgária já gastou 3 bilhões de dólares no projeto. Em 2008, a Bulgária encomendou o projeto, construção e comissionamento de duas unidades de reatores de água russa VVER-1000 para Belene, mas cancelou o projeto em 2012 depois de não conseguir encontrar investidores estrangeiros e preocupações sobre sua viabilidade econômica e financiamento.
O governo renovou a busca de investidores para construir a instalação depois que um tribunal de arbitragem decidiu em 2016 que a Bulgária tinha que pagar mais de € 620 milhões em compensação à Rússia, que já havia fabricado alguns componentes importantes, para o cancelamento. A imprensa búlgara informou que o Banco Europeu de Investimento está interessado em financiar o projeto. Oficiais da corporação nuclear estatal russa disseram que a Rosatom também pode estar interessada. No mês passado, o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov, sugeriu que Belene fosse construída como um projeto pan-balcânico para aumentar a segurança energética e a conectividade e sugeriu aos países da região a considerar a opção. A Bulgária deverá basear a sua decisão num relatório da Academia de Ciências da Bulgária sobre a necessidade de novas capacidades nucleares. O relatório constatou que o projeto Belene, com duas unidades, poderia ser economicamente viável, já que seu custo total de investimento seria inferior a € 10,5 bilhões, o preço do capital inferior a 4,5% e a relação entre participação privada e pública superior a 70% a 30%.
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