CID GOMES VAI PRESSIONAR DILMA POR REFINARIA NO CEARÁ
O governador Cid Gomes vai se reunir com a Presidente Dilma Roussef na próxima semana para pressionar o governo federal em relação a possível decisão de adiar a construção da refinaria Premium II, no Ceará. Com possibilidade de ter seus lucros reduzidos, a Petrobrás pode não conseguir cumprir cronograma de empreendimentos já anunciados. O corte incluiria inclusive a refinaria Premium II, no Ceará. O atraso foi cogitado por uma fonte da empresa, em matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo. A ameaça partiria da preocupação da estatal com seus lucros, que podem ter tido forte queda no terceiro trimestre do ano, como se prevê. A redução no faturamento da empresa poderia impedi-la de cumprir com os investimentos de US$ 224 bilhões programados entre 2011 a 2015. A capitalização da companhia feita no fim do ano passado, que a garantiu recursos de R$ 120 bilhões, serias suficientes para garantir os aportes para este e o próximo ano. A partir de 2013, contudo, os problemas poderiam surgir.
A refinaria Premium II envolverá recursos de aproximadamente US$ 11 bilhões, mas, até agora, a Petrobras sequer solicitou a autorização para o início das obras de cercamento do terreno, as primeiras a serem realizadas. A refinaria, após diversos adiamentos, está prevista para 2017. Além dela, a estatal está construindo outras três refinarias no País: o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e a Premium I, no Maranhão. No plano de negócios até 2015, estão previstos cerca de US$ 35,3 bilhões na ampliação do parque de refino. De acordo com o plano divulgado em julho passado, os investimentos levavam em consideração um cenário onde o dólar estaria custando R$ 1,73. Contudo, na última sexta-feira, a cotação já havia fechado em R$ 1,77 para o dólar comercial.
Já em relação ao preço do petróleo, cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) apontam que em oito anos, a estatal deixou de ganhar R$ 9 bilhões por este motivo. A última em vez que alterou os preços no Brasil foi em 2009 e, de lá pra cá, a cotação do petróleo disparou no mercado internacional. Contudo, por opção do governo, a empresa foi impedida de repassar os aumentos.
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