CINCO DIAS DEPOIS DO NAUFRÁGIO, A PETROBRÁS ADMITE A PERDA TOTAL DOS DOIS MÓDULOS DA PLATAFORMA P-71
Cinco dia depois do incidente que provocou a queda de dois módulos da Plataforma P-71 em alto mar e seu consequente naufrágio, a Petrobrás divulgou um comunicado à imprensa confirmando a perda total desses dois módulos. A companhia procura diminuir o impacto da informação dizendo que “…é possível mitigar o impacto do acidente na conclusão e da obra de construção e montagem da unidade.” Na verdade, a realidade será mais complexa. Até que se compre as peças e se autorize a montagem, vai demorar pelo menos um ano. Há quem fale em dois anos, pelos reatores especiais da Rolls Royce usados nos módulos. A dúvida é se a integração será mesmo feita pelo Estaleiro Jurong, no Espírito Santo, ou lá mesmo na China, onde a plataforma está sendo concluída.
Haverá prejuízos de qualquer forma para a Petrobrás, porque se isso for acordado, a plataforma não poderá ficar no estaleiro onde está sendo construída, devido as novas encomendas a serem cumpridas pelo construtor chinês. Ficará em algum lugar pagando diária por permanência. Há muito para ser decidido. O certo mesmo é o imenso prejuízo para a companhia causado pelos erros em sequência que poderiam ser evitados. Erros na fiscalização, na colocação dos módulos na balsa, na balsa inadequada, na falta de uma certificação da Capitania dos Portos, no descumprimento das cláusulas do seguro e na falta de respeito aos alertas de mau tempo na região.
Veja o comunicado na íntegra divulgado pela Petrobrás:
“A Petrobras informa que, após inspeção concluída por veículo submarino operado remotamente (ROV), realizada nesta terça-feira, 21/5, foi constatado o naufrágio dos dois módulos de geração de energia da plataforma P-71.
A companhia instaurou uma comissão de investigação para identificar as causas do acidente e está avaliando as alternativas de reposição dos módulos para a plataforma P-71. Análises preliminares indicam que, ainda que ocorra a perda integral dos módulos, é possível mitigar o impacto do acidente na conclusão da obra de construção e montagem da unidade. A Petrobras está envidando todos os esforços necessários para que não haja atraso na data prevista de entrada em operação da plataforma P-71, tampouco perda de receita para o consórcio.
A Petrobras está mobilizando todos os recursos que tem à sua disposição para mitigar os eventuais efeitos decorrentes deste acidente e informará ao mercado caso ocorram impactos relevantes no seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023.”
A PETROBRAS CONTINUA COMETENDO SUCESSIVOS ERROS NAS CONTRATAÇÕES CRÍTICAS LEVANDO A ABSORVER OS PREJUÍZOS DE IMPERÍCIAS DE SUAS CONTRATADAS POR CONTA DE CONTRATOS MAL FORMULADOS: Assim como ocorreu nos colapsos prematuros dos ríser’s do pré-sal, estamos diante do naufrágio parcial da Balsa Locar V com os módulos M-15 e M-16 da P-71 indo a pique nas proximidades da Lagoa Canal do Linguado em Santa Catarina onde observaremos severos prejuízos para a Petrobras, sem que a estatal possa acionar clausulas contratuais e repassá-los as contratadas ou acionar as seguradoras por conta da inexistência de Clausulas de Garantias, Seguros de Risco do… Read more »
BANDALHEIRAS CONTINUADAS NA PETROBRAS: Pelo que podemos observar na foto da embarcação antes de ir a pique com os Módulos já apeados, atestamos que a altura metacêntrica do sistema barcaça x Módulos encontrava-se além daquela que poderíamos considerar como ideal, visualmente elevada, considerando as dimensões da barcaça e a estruturas dos módulos. Por configuração própria são estruturas com centro de massa elevado, confirmando a ocorrência de falhas gravíssimas no plano de rigging que deveria atribuir as corretas condições para apeamento da estrutura na balsa visando garantir a perfeita estabilidade dos sistema balsa/carga transportada, que visualmente observamos não terem sido executados… Read more »