CLAUDIO MASTELLA VÊ POTENCIAL PARA NOVOS DUTOS NO CENTRO-OESTE, MAS CITA DESAFIOS

O diretor de comercialização e logística da Petrobrás, Cláudio Mastella (foto), participou hoje (10) de um painel da Rio Pipeline e disse que vê o Centro-Oeste como potencial destino de investimentos em novos dutos. Contudo, o diretor da estatal menciona que uma aplicação de recursos desse porte é muito desafiadora e o Brasil ainda precisa equacionar alguns pontos para destravar projetos do tipo, como a questão tributária.

“Investir em duto pressupõe um volume passando por essa linha, com alguma previsibilidade. Precisa haver uma certa estabilidade nesse fluxo. Falando de dutos terrestres, há um potencial razoável para a região Centro-Oeste. Hoje, os produtos hoje chegam e saem de lá, principalmente via modal rodoviário e alguma coisa via ferrovia. Então, há potencial”, disse o executivo. “O que impede é o custo, eventualmente, porque não é uma aposta barata, é cara. Na posição do investidor, ele quer ter um mínimo de garantia de que vai ter retorno de investimento. A aposta em duto não é simples”, acrescentou Mastella.

O diretor da Petrobrás afirmou que um dos principais empecilhos para investimentos externos é a complexidade do regime tributário no Brasil. Além disso, ele mencionou que a regulação do setor dutoviário também precisa continuar evoluindo, garantindo maior segurança jurídica. Ainda assim, Mastella reforçou que vê com otimismo o desenvolvimento de novos dutos no país no futuro. “Acredito que o Brasil tem potencial de crescimento grande, particularmente no interior”, declarou.

Ainda durante sua participação na Rio Pipeline, o executivo afirmou que a Petrobrás contabilizou 11 eventos de furtos de combustíveis em sua rede de dutos nos últimos três meses.  “Felizmente estamos experimentando mais vitórias que derrotas, se compararmos com o que foi no passado não tão distante, de dezenas de casos”, disse o diretor durante o painel. O evento teve moderação do co-fundador da Pipeline Brazil, Marcelino Guedes.