CLEVER VAI SE REUNIR COM EMPRESAS DE ENERGIA INTERESSADAS EM VIR PARA O BRASIL
O mercado de petróleo brasileiro já deixou de ser o Eldorado do passado há um tempo razoável, mas as empresas do setor continuam buscando alternativas para lidar com a crise instalada no País. A edição deste ano da OTC, em Houston, entre os dias 4 e 7 de maio, deve ser um momento de muita movimentação brasileira, já que um dos focos das empresas nacionais passou a ser a busca por negócios no exterior. O CEO da Clever Consultoria, Márcio Buzzani, é um dos que já está em contato com diversas empresas internacionais para agendar reuniões ao longo da feira. Dentre algumas já confirmadas, estão empresas de geração de energia e do segmento de manutenção, que têm o intuito de entrar no mercado brasileiro. “Este momento de crise no setor de óleo e gás nos obriga a olhar para outros setores de forma mais contundente”, afirma Buzzani, que também está em contato com o Departamento de Negócios do Consulado Americano para marcar outros encontros durante a conferência.
Como será a participação da empresa na OTC 2015?
A participação será basicamente como visitante , a fim de avaliar o real interesse dos fornecedores e empresas estrangeiras no Brasil , após todo o problema de credibilidade na Petrobrás e nos demais órgãos públicos envolvidos em escândalos. Porém o Departamento de Negócios do Consulado Americano está sendo proativa e irá promover encontros de negócios a serem confirmados esta semana.
A empresa já tem alguma reunião marcada para os dias de evento?
Sim, teremos encontros com empresas não expositoras, mas que desejam ingressar no Brasil, principalmente no setor de geração de energia e de manutenção.
Quais as expectativas com a feira este ano?
Estou tentando ser otimista, acreditar que a tormenta vai passar e que os investimentos poderão voltar a acontecer no início de 2016, mesmo em menor volume do que no passado.
Como está vendo o ambiente de negócios na indústria de petróleo em 2015?
No que se refere a projetos de construção e montagem, está muito ruim, sem um norte mínimo que faça crer que poderíamos, de forma mínima, voltar a operar regularmente. Esta incerteza gera um estresse junto aos clientes e a equipe de funcionários, que não sabem o que acontecerá no dia seguinte.
E o mercado brasileiro especificamente?
Este momento de crise no setor de óleo e gás nos obriga a olhar para outros setores de forma mais contundente, e com isso podemos notar que existem bons serviços a serem explorados nos setores de água e esgoto, geração de energia e manutenção. Por falta de investimentos, eles deverão estar prontos para operar em sobrecarga a fim de garantir o mínimo de condições de infraestrutura ao País.
Deixe seu comentário