CNEN CONFIRMA QUE USINA ANGRA 2 ESTÁ OPERANDO DE FORMA SEGURA E REFUTA ACUSAÇÕES DE FALTA DE TRANSPARÊNCIA

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) também se manifestou sobre as informações publicadas na imprensa sobre uma ocorrência em um sistema de vedação da tampa do reator da usina Angra 2. O órgão regulador disse que está acompanhando de perto e em tempo real a situação operacional da planta e garantiu que a unidade está operando com segurança.

Como noticiamos mais cedo, uma reportagem veiculada pelo portal R7 informou que a Eletronuclear descobriu, em dezembro do ano passado, um vazamento de água em um dos dois sistemas de vedação da tampa do reator. A matéria também diz que o episódio estaria sendo mantido sob sigilo.

A CNEN, por sua vez, disse que a ocorrência foi prontamente identificada pelos seus inspetores residentes, que atuam 24 horas por dia na usina. Desde então, a situação vem sendo monitorada continuamente por meio do Relatório de Atividades e Situação Operacional (RASO), emitido diariamente pelo Distrito de Angra dos Reis (DIANG).

“Os dados coletados indicam que o vazamento interno no primeiro selo do vaso do reator se mantém estável e não compromete os critérios de segurança estabelecidos pelo projeto”, afirmou o órgão regulador. A CNEN lembra ainda que uma situação semelhante já foi registrada em 2010 e tratada dentro dos protocolos técnicos.

O vaso do reator conta com um sistema de dupla vedação, garantindo redundância e aumentando as barreiras de proteção. O segundo selo permanece íntegro e cumpre sua função de impedir qualquer liberação de água contaminada para fora do circuito primário. A CNEN explicou que esse tipo de ocorrência é previsto no projeto da usina e está sob controle.

Além disso, a  Diretoria de Radioproteção e Segurança da CNEN realiza auditorias regulares para garantir que os estoques de peças sobressalentes estejam em conformidade com as necessidades operacionais, verificando eventuais reposições necessárias.

“Usinas nucleares, como Angra 1 e Angra 2, são instalações de alta complexidade, onde pequenos vazamentos internos podem ocorrer sem comprometer a segurança. Essas situações são continuamente inspecionadas e gerenciadas dentro dos padrões internacionais mais rígidos”, finalizou o órgão.