CNI PROPÕE ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO ENTRE BRASIL E ESTADOS UNIDOS
A Confederação Nacional da Indústria quer derrubar toda e qualquer barreira comercial entre o Brasil e os Estados Unidos, num movimento que vai no sentido contrário ao que tem propagado o novo presidente eleito da nação americana, Donald Trump, cuja retórica tem se aproximado em parte do protecionismo nos últimos meses.
A ideia da instituição brasileira, que foi levada na forma de proposta ao governo nacional, é que as tarifas de todo o comércio entre os dois países sejam eliminadas, incluindo agricultura e produtos não-agrícolas, num período máximo de 10 anos a partir da data em que os dois países assinarem o acordo.
A proposta foi desenvolvida em parceria com a Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (AmCham), e com a entidade empresarial americana U. S. Chamber of Commerce. O documento levado ao governo também trata de parcerias setoriais em aviação, biocombustíveis, tecnologia da informação e comunicação, defesa e segurança, infraestrutura, além de cooperação bilateral em eficiência energética e na área de inovação.
De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade (foto), foi feito um estudo conjunto, que demonstra que as principais instituições representantes dos setores privados no Brasil e nos Estados Unidos estão em conformidade com uma agenda comum para início de negociações comerciais.
Na visão da CNI, esse processo poderia propiciar a redução dos custos para exportar, conferir maior segurança jurídica, e criar regras mais favoráveis para exportar e importar produtos, serviços e direitos de propriedade intelectual, além de promover investimentos.
Além disso, o documento prevê a negociação de barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias, assim como novos temas do comércio como compras governamentais, serviços e propriedade intelectual.
“A CNI avalia que o Brasil deve consultar os membros do Mercosul, mas se o Mercosul não estiver pronto, o Brasil deve buscar opções pragmáticas para negociar com os Estados Unidos”, afirmou a instituição em nota.
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