COGECOM PROJETA CRESCIMENTO DE ATÉ 40% EM 2025 APESAR DE DESAFIOS NO MERCADO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
A primeira edição do Projeto Perspectivas 2025 após as comemorações do Ano Novo vai abordar o mercado de geração distribuída, entrevistando o presidente da Cogecom, Roberto Correa. O executivo relata que o ano passado foi muito bom em termos de expansão para a cooperativa de energia, que registrou um crescimento de 80%. A partir do excedente produzido pelas usinas parceiras, a Cogecom compartilha os créditos com os cooperados, que terão economia em sua fatura de energia. A cooperativa possui atualmente mais de 50 mil unidades consumidoras em oito estados. Apesar dos números positivos, o executivo relata que o setor de geração distribuída enfrenta muitos desafios. Ainda assim, a cooperativa projeta continuar sua escalada de crescimento entre 30% e 40% no ano que acaba de começar. “Além disso, 2025 será um ano de consolidação para a Cogecom, que já é a maior empresa de geração distribuída do mercado. Nosso objetivo é reforçar essa liderança, não apenas em termos de tamanho, mas também em qualidade e excelência no atendimento”, afirmou Correa.
Como foi o ano de 2024 para sua empresa e seu segmento de atuação?
O ano de 2024 foi muito bom para a Cogecom, que registrou um crescimento de 80%. Mais uma vez, praticamente dobramos o nosso tamanho. Foi novamente um ano de muito crescimento, mas também de muitos desafios. A geração distribuída – que ainda carece do desenvolvimento das concessionárias para que possamos alcançar uma escalabilidade mais saudável.
Ainda dependemos bastante das concessionárias para operar de maneira eficiente. À medida que crescemos, percebemos que o crescimento das concessionárias não acompanha o nosso, seja em termos tecnológicos, de processos ou de informatização. Isso acaba gerando dificuldades no dia a dia.
Se fosse consultado, quais seriam suas sugestões para melhorar o ambiente de negócios no seu setor?
Uma das minhas sugestões seria a criação de legislações que permitam à tecnologia atuar de forma mais ágil. Por exemplo, se existisse uma lei que obrigasse as distribuidoras a disponibilizar uma API para as principais empresas do mercado, isso traria uma agilidade muito maior para o setor.
Além disso, seria fundamental haver uma fiscalização mais rigorosa para garantir que as concessionárias cumpram o que está descrito na lei. Muitas vezes, vemos as concessionárias descumprindo a legislação ano após ano, sem que sofram penalizações adequadas.
Eu vejo que o cenário político e econômico do Brasil está ruim. Isso tem afastado investidores externos do país. Em 2024, já observamos uma redução nos novos investimentos em comparação a 2023. A tendência para 2025 é um ano com menos investimentos no setor energético, especialmente na geração distribuída.
Isso se deve, em grande parte, às mudanças na política governamental, com o aumento dos impostos sobre a importação de placas solares, e à instabilidade econômica do país. Esses fatores desestimulam os grandes grupos internacionais a priorizarem o Brasil como destino de investimentos.
Por fim, quais são as perspectivas de sua empresa para o ano de 2025?
Apesar desse cenário, nossa perspectiva para 2025 é de um crescimento robusto, algo em torno de 30% a 40%. Nosso foco estará na excelência no atendimento ao cooperado. Queremos surpreender nossos clientes com um atendimento que exceda expectativas, algo que realmente marque e os faça sentir valorizados.
Além disso, 2025 será um ano de consolidação para a Cogecom, que já é a maior empresa de geração distribuída do mercado. Nosso objetivo é reforçar essa liderança, não apenas em termos de tamanho, mas também em qualidade e excelência no atendimento.
Deixe seu comentário