IFS BUSCA AUMENTAR PARTICIPAÇÃO DO SETOR DE ÓLEO E GÁS EM SEUS NEGÓCIOS NO BRASIL | Petronotícias




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IFS BUSCA AUMENTAR PARTICIPAÇÃO DO SETOR DE ÓLEO E GÁS EM SEUS NEGÓCIOS NO BRASIL

Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) – 

Walmir Cardoso, diretor comercial da IFS.A empresa sueca IFS, especializada em softwares de gestão empresarial, comprou a distribuidora oficial do seu produto no Brasil em 2011 e, desde então, vem buscando ampliar sua atuação no mercado brasileiro. O diretor comercial da empresa, Walmir Cardoso, contou que o planejamento da IFS prevê uma participação maior do segmento nos negócios da companhia, que em 2013 teve faturamento de US$ 500 milhões globalmente, sendo o Brasil responsável por R$ 50 milhões. Por enquanto, o setor de saneamento é o mais significativo para a IFS no país, mas Cardoso afirma que a estratégia da empresa é que óleo e gás passe a representar 30% do faturamento nos próximos cinco anos. Para isso, a companhia tem participado de feiras do segmento e estará presente na Rio Oil & Gas 2014, onde, mesmo sem estande, pretende buscar novos contatos para futuros negócios.

Dentro da carteira IFS, quanto o setor de óleo e gás representa, tanto em nível mundial, como nacional?

No Brasil ainda é pequena a importância, devendo representar 5%, mas esses números eu estou estimando. As grandes empresas que contamos no Brasil se concentram, principalmente, no setor de água e saneamento, como a Cedae que é uma cliente nossa, a Compesa, em Pernambuco, entre outras. Tem também a Brookfield Energia Renovável, que é um bom exemplo no setor de energia, já que ela controla mais de 40 usinas hidrelétricas, fazendo eventualmente a construção, e gerindo também a produção.

Qual é a meta da empresa para o setor de óleo e gás no Brasil?

O plano é que o segmento represente entre 20% e 30%, nos próximos cinco anos. Primeiro porque os projetos do setor são grandes, com receita razoável, representam um grande valor e porque nosso produto é muito forte para esse segmento. Nós acreditamos que temos uma aderência mais fácil ao setor. É um produto muito mais efetivo para o setor de óleo e gás do que para um supermercado, por exemplo.

Quais são os principais clientes da IFS no setor de petróleo e gás?

A Technip, a Wellstream, que, mesmo com a mudança para GE, continua usando IFS na manufatura, além da BW Offshore. Nós temos participado de eventos, em Macaé e no Rio de janeiro, para mostrar o produto, e estamos sempre em busca de melhorar os produtos e serviços.

Como?

A IFS tem mundialmente três centros de excelência: um para aviação e defesa, sendo usado pela força aérea americana, por exemplo, reconhecido como melhor produto de manutenção do mundo para força aérea. Outro para serviços de campo, para qualquer tipo de empresa que trabalhe com pessoa em campo, como prestadoras de serviço telefônico, por exemplo, para mapear os funcionários e carros da empresa, distribuindo a agenda de atendimento automaticamente de acordo com as especialidades, proximidade e disponibilidade dos funcionários. E por último temos o centro de excelência em petróleo e gás, sendo reconhecido como o melhor produto do mundo para gerenciamento de ativos de petróleo e gás pelo Arc Advisory Group e Gartner Group.

Como será a participação da IFS na Rio Oil & Gas 2014?

Infelizmente nós tivemos alguns problemas internos e participaremos somente como visitantes, mas, como a Rio Oil & Gas é a maior feira do segmento, a IFS estará presente. A ideia é expor, mesmo sem um estande, na medida do possível, nosso produto. Nossa intenção é ver e ser visto. Criar contatos que podem ser úteis em um futuro próximo.

Como vê o potencial dos softwares de vocês no mercado brasileiro?

No Brasil ainda é utilizado de uma forma muito precária, porque aqui não há ainda uma cultura de disciplina quanto a custos. Se voltarmos a 15 anos atrás, por exemplo, manufatura no Brasil não se vendia, porque o importante era o financeiro, e no Brasil, no período inflacionário, o importante era saber onde estava o seu dinheiro para saber o quanto se podia recuperar. A partir do momento em que há uma estabilização da moeda, começa-se a verificar que custos devem ser reduzidos para se ter um lucro maior. Então se começa a verificar como está a manufatura, como está a produção. A mesma coisa se aplica para empresas que trabalham com projetos.

Como se dá em relação a projetos?

Uma coisa é ter uma manufatura de carros, produzido mil carros por dia, da mesma maneira, sendo fácil controlar aquela linha de produção. Projetos offshore, navios, estaleiros, aviões, são coisas diferentes. O controle desses projetos, do ciclo de vida deles, é o diferencial. Quais recursos estão sendo usados? Como estão sendo usados? Onde está sendo comprado o material? Há excedente de compra? Ele fica em estoque? Todo esse conceito de controle de projeto começa a ter um valor muito grande no Brasil, aumentando a nossa possibilidade de vender nosso produto.

Qual foi o faturamento da empresa em 2013? Hoje o Brasil representa quanto para a IFS?

A IFS mundial teve faturamento de cerca de US$ 500 milhões. No Brasil nós tivemos um faturamento de aproximadamente R$ 50 milhões. Isso se explica pela naturalidade europeia, mercado onde a IFS já está bastante consolidada, principalmente na Escandinávia.  Nossa expectativa é de crescimento de 10% no faturamento brasileiro para esse ano.

A empresa tem planejamento de investir especificamente no setor de óleo e gás no Brasil?

No Rio, o escritório foi montado há três anos, sendo que esse escritório nem fazia parte dos nossos planos. Mas acreditamos que o Rio era importante para o crescimento da empresa, e agora estamos começando a montar uma equipe para participar de eventos do mundo de óleo e gás. A maioria das empresas de óleo e gás já têm seu sistema. A Petrobrás, por exemplo, utiliza software de uma concorrente. Temos de nos focar nas empresas que ainda não contrataram uma empresa para desenvolver um software de gestão. 

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