COM A VOLTA DO PIS E DO COFINS, GOVERNO ANULA REDUÇÃO NO PREÇO DO DIESEL E AINDA ACRESCENTA CENTAVOS NO COMBUSTÍVEL
Durou pouco a alegria de ver anunciado a redução dos preços do diesel nas bombas. Até animou os caminhoneiros. Mas o ano começou, e logo no seu primeiro dia de 2024, que tanto te desejaram sucesso, chegou a primeira paulada: o governo federal retomou a cobrança integral do PIS/Cofins sobre o diesel. O imposto, que estava zerado desde 2021, voltou tudo como antes no quartel de Abrantes. A ordem é arrecadar tudo o que puder. A arrecadação voltou a ser integral: cerca de R$ 0,35 por litro de diesel. Ou seja, quase a mesma redução nos preços anunciada no final de dezembro. Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a reoneração não deve encarecer o produto para os consumidores que pagam pelo litro nos postos de abastecimento. Segundo ele, o aumento da carga tributária que incide sobre o diesel será amenizado pela redução no preço anunciado pela Petrobrás. Pelo jeito, tudo foi combinado antes.
A Petrobrás havia anunciado um corte de R$ 0,30 no preço do litro do diesel vendido às distribuidoras de combustível. Segundo a empresa, no ano, a redução do preço para as distribuidoras chega a 22,5%. Haddad afirmou que a redução mais do que compensaria a reoneração, garantindo não haver razões para alta do preço com a volta da cobrança dos impostos federais. Essa será a última fase da reoneração, quando o diesel terá alta de R$ 0,22 por litro. Com isso, a incidência do PIS/Cofins voltará a ser integral, de R$ 0,35 por litro. Popularmente, essa manobra é conhecida como “migué.” Os impostos federais sobre a gasolina já foram totalmente restabelecidos em junho. Será que os caminhoneiros se sentiram enganados?
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