FLEXOMARINE ESPERA CRESCER DE 10% A 15% EM 2013

Por Rafael Godinho / Petronotícias:

Para a Flexomarine, fabricante nacional de mangotes marítimos, o saldo de 2012 foi mais que positivo. A empresa teve um crescimento encorajador de 200% em seus fornecimentos e ainda foi reconhecida pela Petrobrás como segundo melhor fornecedor para a Bacia de Campos na categoria Grandes Compras. Além disso, a companhia está para concluir, em maio de 2013, a entrega de 512 mangotes à Petrobrás, uma das maiores encomendas de mangotes a uma só empresa no mundo. Para saber mais, conversamos com Gustavo Ferreira Leite, diretor geral da Flexomarine. Há 30 anos ele atua na primeira companhia do Brasil qualificada para projetar, produzir e testar a linha completa de mangotes flutuantes e submarinos.

Há quanto tempo a Flexomarine se dedica à produção de mangotes?

Mangotes são o produto da empresa há 34 anos. Fomos pioneiros na fabricação de mangotes marítimos, em 1978, quando a Petrobrás nos procurou para nacionalizar esse tipo de produto. Até hoje, ela é nosso principal cliente. Por enquanto também somos os únicos fabricantes qualificados para produzir mangotes no país. Consequentemente, os únicos fabricantes na categoria para a Petrobrás. Além dela, atendemos a Modec, Shell, Aker, Scana, Petroserv, DW Offshore e várias outras empresas.

Como foi esse ano de 2012 para a Flexomarine?

Esse ano foi muito bom para a gente. Tivemos um crescimento de quase 200% no nosso fornecimento, o que  representa realmente um grande volume de produção. Além disso, fomos agraciados com a premiação da Petrobrás, na categoria Grandes Compras, como o segundo melhor fornecedor para a Bacia de Campos, a maior unidade de operações do Sistema Petrobrás.

O que esse reconhecimento representa para a Flexomarine?

Representa muito para nós, reconhece todo o trabalho da empresa em todos esses anos, sempre atendendo às exigências do mercado e aos pedidos dos clientes. A Flexomarine espera que essa premiação tenha reflexos no mercado internacional, porque a Petrobrás é de fato uma empresa de grande porte, conhecida internacionalmente, e esse reconhecimento desperta a confiança do mercado em nosso trabalho.

A Flexomarine também presta fornecimento de mangotes ao exterior?

Fornecemos para GSME, em Dubai; Sonangol, em Angola; Modec, em Singapura, entre outras.

A Flexomarine vai fornecer 512 mangotes marítimos, 64 por mês, à Petrobrás. Como está o andamento dessa encomenda?

Acredito que seja o maior pedido mundial de mangotes para uma empresa só. Até agora, já foram entregues 40% do total. A quantidade total deverá ser fornecida para Petrobrás até maio de 2013, de forma que estamos dentro do cronograma. As unidades servirão aos FPSOs, para uso principalmente na Bacia de Campos.

Quais as expectativas de contratos para 2013?

As perspectivas para o ano que vem são bem positivas, e encaramos o novo ano com otimismo, com os projetos do pré-sal começando a crescer. A ideia é crescermos de 10% a 15% no ano de 2013, em relação a 2012. Mas os futuros contratos estão em sigilo contratual.

A Flexomarine vai fornecer um lote de 44 mangotes para a Modec Brasil?

Sim. Ainda não foram entregues, pois antecipamos a fabricação dos mangotes para entregar agora em final de dezembro.  Os mangotes servirão ao projeto Cernambi-Sul, a ser instalado no FPSO Cidade de Mangaratiba, a ser operado pela Modec brasil, como parte da campanha de desenvolvimento da camada pré-sal.

Qual é a diferenciação dos mangotes projetados para o pré-sal, diante dos demais mangotes?

Todos os mangotes são projetados para suportar a pressão de grandes profundidades. Mas, em relação ao pré-sal, é usado o mangote de carretel, mais reforçado. Todo mangote flutua, e, para isso, têm em si uma espécie de espuma. Esses do pré-sal, porém, possuem mais espuma.

A Flexomarine vai fechar o ano de 2012 com quantas unidades fornecidas?

Terminamos o ano com 900 mangotes fornecidos.