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COM IMPULSO DADO POR PETROBRÁS, CONTRATAÇÃO DE EPC OFFSHORE CRESCEU EM 2024 E DEVE CONTINUAR DINÂMICA EM 2025

Mark_Adeosun_square_web-1536x1536Em 2024, as atividades de contratação de engenharia, aquisição e construção (EPC) relacionadas ao desenvolvimento de campos de petróleo e gás offshore e projetos de sequestro de carbono permaneceram resilientes, com o valor do prêmio EPC para equipamentos submarinos associados e plataformas offshore totalizando aproximadamente US$ 52 bilhões. O dado foi levantado pela Westwood Energy e representa um aumento de 18% na comparação com o ano anterior, graças a um especial impulso dado pelo mercado brasileiro.

No ano passado, um dos destaques foi o contrato para construção das plataformas P-84 e P-85 da Petrobrás — com um valor EPC de mais de US$ 8 bilhões. Além disso, as principais concessões de contratos de riser umbilical submarino e linha de fluxo (SURF) pela Petrobrás em seus projetos Búzios-9, Búzios-10 e Búzios-11, bem como o projeto Mero-3 HISEP, apoiaram o aumento no valor anual do prêmio EPC, embora esses projetos já tivessem suas decisões de investimento anunciadas em anos anteriores.

No geral, a Westwood registrou mais de 250 prêmios de unidades de árvores submarinas em 2024, com as Américas respondendo por aproximadamente 65%. O desenvolvimento Whiptail da ExxonMobil na costa da Guiana representou o projeto individual mais significativo em 2024 com base na demanda por árvores submarinas.

Ilustração da P-84

Ilustração da P-84

Olhando para 2025, a Westwood prevê que o valor do prêmio do contrato EPC relacionado a petróleo e gás offshore experimente um aumento marginal de 1% na comparação atual, totalizando US$ 54 bilhões, sustentado por 53 decisões de investimento de campos greenfield e brownfield. Esse crescimento marginal se deve ao alto custo da cadeia de suprimentos, que tem atormentado a indústria desde 2022 e levou a vários atrasos em projetos, à medida que as empresas de E&P continuam a otimizar seus conceitos de desenvolvimento de campo e revisar cronogramas de projetos. Além disso, o enfraquecimento da demanda chinesa por petróleo e a decisão da OPEP+ de estender cortes de produção até 2025 aumentam o pessimismo no mercado, podendo afetar a aprovação de projetos de alto custo e incentivar a relicitação.

Apesar dessas preocupações, a Westwood prevê que as atividades de contratação em 2025 serão impulsionadas pela demanda por mais de 290 unidades de árvores submarinas, 18 unidades de produção flutuantes (incluindo quatro unidades FLNG) – com uma capacidade total de produção de 1,9 milhão de barris de óleo equivalente e 15,1 milhões de toneladas métricas por ano de capacidade de GNL – mais de 90 plataformas fixas, aproximadamente 3.650 km de SURF e aproximadamente 2.660 km de dutos.

Para os principais contratos FPS esperados em 2025, espera-se que a Eni seja a mais ativa em E&P offshore, com seu desenvolvimento Baleine Fase-3 (Costa do Marfim), o projeto Geng North offshore na Indonésia e seu desenvolvimento Coral Norte offshore em Moçambique”, disse o diretor de pesquisa da Westwood, Mark Adeosun. “Outros grandes projetos programados para serem sancionados em 2025 incluem o projeto Gato do Mato da Shell (Brasil), o FPSO de substituição Barracuda-Caratinga da Petrobras (Brasil), a unidade Yoho FLNG da UTM Offshore (Nigéria), o Kelidang Cluster offshore de Brunei da Petronas e o projeto Ksi Lisims LNG da Nisga’a Nation na costa do Canadá. É pertinente afirmar que o cronograma de sanção de todos esses projetos foi historicamente revisado”, finalizou.

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