COM INVESTIMENTOS EM AUTOMAÇÃO E TECNOLOGIAS, POLLO ENGENHARIA CONQUISTA NOVOS NEGÓCIOS NO SETOR DE ÓLEO E GÁS

Com mais de duas décadas de experiência e atuação nacional, a Pollo Engenharia vem ampliando sua presença no setor de óleo e gás com soluções integradas para plantas industriais. Em entrevista ao Petronotícias, o diretor da companhia, Luciano Prado, explica que a busca por novos negócios tem avançado em diferentes frentes. No onshore, por exemplo, a empresa atua em campos maduros anteriormente operados pela Petrobrás. Já no offshore, a Pollo Engenharia está executando dois importantes contratos com a estatal. “Na Bacia de Campos, temos um contrato voltado para inspeção e fiscalização. Nossa equipe técnica — formada por engenheiros e técnicos especializados — sobe às plataformas para acompanhar e fiscalizar esses serviços. O mesmo acontece na Bacia de Búzios, com foco em pintura e corrosão”, detalhou. O executivo revela ainda que a companhia iniciou recentemente um contrato com a distribuidora Bahiagás para inspeção da malha de gás do estado, incorporando ferramentas e tecnologias que automatizam todo o processo e garantem ganhos de produtividade. De olho no futuro, a Pollo Engenharia já identifica oportunidades em regiões estratégicas, como a Bacia da Foz do Amazonas, e em iniciativas de desmobilização de plataformas fixas no Nordeste — movimentos que reforçam o compromisso da empresa com inovação, adaptabilidade e atuação em novas frentes do mercado. “Acreditamos que o futuro da engenharia industrial está na integração entre tecnologia, eficiência operacional e responsabilidade socioambiental. E nosso lema resume bem nosso propósito: inovar, solucionar e somar”, finalizou Prado.

Para começar, poderia fazer uma apresentação geral da Pollo Engenharia? Quais são os principais projetos e áreas de atuação da empresa?

Hoje, a Pollo Engenharia vive um momento de fortalecimento e expansão de suas operações em todo o território nacional. Com mais de 20 anos de atuação no setor industrial, buscamos consolidar nossa marca por meio de soluções completas para a indústria, com foco em empresas de médio e grande porte e em projetos multidisciplinares. Atuamos nas áreas de caldeiraria, mecânica, solda, elétrica, instrumentação e automação. Ao longo dessas duas décadas de atuação, a Pollo Engenharia vem se fortalecendo em termos de controle de qualidade e conquistou as certificações das normas ISO 9001, 14001 e 45001.

Geograficamente, temos presença nos seguintes estados: Bahia, Paraná, São Paulo (em Cubatão), Rio de Janeiro (em Itaboraí e Macaé). Atuamos ainda com duas mineradoras na Bahia — uma de ouro e outra de cobre — que foram nossos primeiros clientes no setor de mineração. O setor de óleo e gás representa hoje 90% do nosso faturamento, enquanto a mineração responde por cerca de 5%. Mas também temos histórico de fornecimento para os setores siderúrgico, químico, petroquímico e de energia.

Como a Pollo tem atuado especificamente no segmento de óleo e gás?

Temos ampliado nossa atuação no setor de forma estratégica. Nossa sede fica na Bahia, que é um berço histórico do petróleo onshore no Brasil. Atuamos fortemente em campos maduros, anteriormente operados pela Petrobrás. Após a desestatização desses ativos, passamos a trabalhar com várias empresas que adquiriram esses ativos, e estamos cada vez mais presentes em feiras, congressos e eventos do setor.

Já no offshore, temos dois contratos de médio e longo prazo com a Petrobrás, um na Bacia de Campos e outro na Bacia de Búzios. Atuamos também no termelétrica de Cubatão, da RPBC (Refinaria Presidente Bernardes), e, há cerca de 60 dias, iniciamos um contrato com a Bahiagás para inspeção da malha de gás do estado da Bahia.

Sobre o mercado onshore, como vocês têm visto esse novo cenário com a entrada de empresas menores? Quais tipos de oportunidades têm surgido?

Tem sido um grande aprendizado. Essas novas empresas operam com estruturas mais enxutas e custos muito baixos, o que exigiu de nós uma adaptação importante. Isso nos leva a desenvolver soluções personalizadas e buscar inovações constantemente. Enxergamos essa mudança como uma grande oportunidade de crescimento. São clientes novos – muitas desses empresas foram criadas recentemente, com o apoio de fundos de investimento. É um processo de aprendizado saudável para todos os envolvidos. 

E no offshore?

Na Bacia de Campos, temos um contrato voltado para inspeção e fiscalização. Nossa equipe técnica — formada por engenheiros e técnicos especializados — vai às plataformas para acompanhar e fiscalizar esses serviços. O mesmo acontece na Bacia de Búzios, com foco em pintura e corrosão. Em Itaboraí, temos um contrato no Complexo Boaventura (antigo Comperj), onde atuamos há quase cinco anos com manutenção, gerenciamento e planejamento de manutenção do empreendimento.

O senhor também comentou sobre a atuação com gás natural, especialmente com a Bahiagás. Como vocês enxergam esse mercado e que inovações têm implementado?

Nesse contrato, que iniciamos há cerca de 60 dias, desenvolvemos sistemas, relatórios automatizados, controle de rota de inspetores, intervenções monitoradas, georreferenciamento e uso de drones para inspeção das faixas de dutos. Esse contrato é muito importante para nós e para o cliente. Assumimos a inspeção de toda a malha de gás do estado, e isso tem envolvido um alto grau de automação.

Antes, um inspetor levava três dias para fazer a rota da faixa de dutos e mais dois dias para confeccionar os relatórios. Hoje, tudo é feito por celular, em tempo real. À medida que o inspetor percorre a rota, ele já fotografa e preenche o relatório. Isso gera ganhos significativos de produtividade. Além disso, utilizamos drones e georreferenciamento para inspeções aéreas. Quando alguma anormalidade é identificada, o cliente é comunicado de forma imediata e já pode tomar as medidas necessárias. É um salto tecnológico muito grande em relação ao modelo anterior.

Quais são as perspectivas para o futuro, especialmente no segmento de manutenção industrial?

O setor passa por um momento estratégico, com aumento da demanda por continuidade operacional e redução de paradas não programadas. As empresas que tiverem estrutura técnica, visão de processos e capacidade de adaptação tecnológica terão grandes oportunidades de crescimento. A Pollo Engenharia está se preparando para esse cenário. Oferecemos soluções completas que integram planejamento, execução e controle de manutenção. O foco está sempre em eficiência e continuidade operacional. 

E no setor de óleo e gás, quais são as estratégias para os próximos anos?

Estamos sempre atentos a novas oportunidades. Quando a Petrobrás menciona, por exemplo, a possibilidade de projetos na região Norte, como na Bacia da Foz do Amazonas, já começamos a estudar a região com mais atenção. Enquanto isso, em Sergipe, há um processo de desmobilização de plataformas fixas, que deve gerar grande demanda por desmontagens. Já estamos estudando como a Pollo Engenharia pode atuar nesse novo cenário. Esse exercício de estar sempre monitorando o mercado e se preparando para novas demandas faz parte do nosso dia a dia.

Por fim, de que forma a Pollo Engenharia pretende se posicionar em um mercado cada vez mais competitivo?

A Pollo Engenharia atua com um modelo de gestão baseado em pessoas, inovação e sustentabilidade. Nossos valores refletem o compromisso com a segurança dos colaboradores, o respeito ao meio ambiente e a entrega de resultados consistentes aos nossos clientes. Acreditamos que o futuro da engenharia industrial está na integração entre tecnologia, eficiência operacional e responsabilidade socioambiental. E nosso lema resume bem nosso propósito: inovar, solucionar e somar.