COM NOVA PREVISÃO DE ADIAMENTO DO COMPERJ, PETROBRÁS É PRESSIONADA A REVELAR PROBLEMAS INTERNOS | Petronotícias




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COM NOVA PREVISÃO DE ADIAMENTO DO COMPERJ, PETROBRÁS É PRESSIONADA A REVELAR PROBLEMAS INTERNOS

Mais uma vez, a data de inauguração do Comperj deverá ser adiada. Por conta de problemas administrativos, gargalos nos acessos para o transporte de megaequipamentos, barreiras quanto às licenças ambientais e as constantes greves de operários, a largada de funcionamento do complexo está mais ameaçada do que nunca. São apontadas falhas graves de gestão na principal obra em andamento. O deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) entrou com recursos no Superior Tribunal Federal alegando que tais problemas de gestão precisam sair do sigilo pedido pela estatal. “Estou pedindo ao STF que autorize a divulgação dessas informações, afinal os recursos são da União”, diz o deputado.

Segundo ele, o problema fica nítido considerando que a Petrobrás, por ser uma sociedade anônima, não tem as amarras da burocracia da administração direta. “Requisitei à Petrobras informações sobre os motivos da demora. As respostas vieram em caráter de sigilo”, disse ele.

A presidente da Petrobrás, Graça Foster, ainda tem muito com o que se preocupar. As obras do porto de São Gonçalo, que receberá a carga pesada do Comperj nem começaram. A estrada de 22 km que o ligará ao Comperj também não saiu do papel. Além disso, a estatal encara repressão por solicitar licenças para transportar os megaequipamentos do complexo pela Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim.

Quando o Inea e o Ibama concederam o licenciamento do Comperj, um dos quesitos principais era a inviolabilidade das áreas protegidas de manguezais na Baía de Guanabara. Mas a chegada dos equipamentos clamam por urgência. Eles já viriam do exterior montados e, caso consiga a licença, a Petrobrás terá que aguardar os protestos de incontáveis ambientalistas, até mesmo fora do Brasil.

A diretoria da estatal já considera o adiamento para 2015, embora a Petrobrás mantenha o anúncio para outubro de 2014. As datas estão bem longe do projeto inicial que previa o início da produção em 2011. Após inaugurada, a refinaria do Comperj poderá produzir 165 mil barris diários de derivados de petróleo. Depois de até pelo menos três anos, a capacidade será duplicada. Mas enquanto não sair do papel, a estatal continuará importando gasolina a preços desfavoráveis, uma vez que a produção brasileira é insuficiente para suprir o mercado interno.

Ano passado, 45 mil barris diários foram importados pela empresa para atender à demanda do país. Este ano, o número poderá ser duplicado. O governo já decidiu que o barril deverá chegar a US$ 130 no mercado internacional para um possível reajuste de preços.

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