COM PANDEMIA, COMERCIALIZAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS RECUOU 6% EM 2020
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgou hoje (6) que o Brasil registrou 131,76 bilhões de litros de combustíveis comercializados em 2020. O volume representa uma queda de quase 6% na comparação com 2019, em reflexo das medidas de distanciamento social adotadas por conta da pandemia de Covid-19. Os números foram apresentados durante o seminário virtual de avaliação do mercado de combustíveis 2021.
A venda de óleo diesel B (que conta com adição de biodiesel na proporção definida na legislação) se manteve praticamente estável, com ligeiro aumento 0,30%, totalizando 57,47 bilhões de litros. Segundo a ANP, o valor reflete a importância do combustível no transporte de cargas no país e a relevância do modal rodoviário na matriz de transportes nacional.
Já a comercialização de gasolina C (com 27% de etanol anidro, conforme legislação vigente) sofreu queda de 6,13%, chegando a 35,82 bilhões de litros. Trata-se do mesmo percentual de redução da gasolina A (pura) e do etanol anidro.
No biodiesel, as vendas totalizaram 6,6 bilhões de litros em 2020, uma alta de 11,47% em relação a 2019, devido ao aumento da mistura obrigatória ao óleo diesel. Para lembrar, por determinação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a mistura do biodiesel aumentou para 13% em março do ano passado.
Quanto ao gás liquefeito de petróleo (GLP), a comercialização subiu 3%, somando 13,60 bilhões de litros. O crescimento é resultado do fato de parte da população brasileira ter passado mais tempo em casa durante 2020, provocando maior procura pelo produto.
Por fim, o impacto maior aconteceu no querosene de aviação (QAV), utilizado em aeronaves de grande porte, como as de voos comerciais. O combustível teve redução de 49,20% nas vendas, totalizando 3,55 bilhões de litros. Já a gasolina de aviação (GAV), utilizada nas aeronaves de pequeno porte a pistão, totalizou 39 milhões de litros, uma diminuição de 9,61%.
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