COM PROJEÇÃO OTIMISTA PARA O BRASIL, CASTROL LANÇA PRODUTO PARA PROTEÇÃO DE SISTEMAS SUBMARINOS EM POÇOS DE GÁS
Desde o lançamento de seus fluidos de controle submarino na década de 1980, a Castrol desenvolveu um forte relacionamento com a indústria de óleo e gás, comercializando seus produtos e serviços em mais de 100 países. Com o aquecimento do setor petrolífero no Brasil, a empresa, que faz parte do grupo britânico bp, está ampliando seu portfólio de produtos para o mercado nacional. Uma das novidades da companhia no país é uma nova linha de fluido de controle submarino, desenvolvida especialmente para poços de produção de gás natural – que possuem grande risco de formação de hidratos. “Esse produto tem o diferencial de ter um alto poder de estabilidade, mesmo com contaminação de até 50% de água do mar. Além disso, possui propriedades de mitigação de hidratos e uma fórmula que garante confiabilidade, integridade, lubrificação e proteção contra corrosão”, detalhou o gerente de contas estratégicas da Castrol, Rafael Clemente, nosso entrevistado desta sexta-feira (4). O executivo se mostra otimista com o futuro do mercado de óleo e gás no Brasil, tendo em vista o grande conjunto de novas plataformas que deve entrar em produção nos próximos anos. “A estimativa é que até 37 novos FPSOs poderão entrar em operação no mercado brasileiro nos próximos dez anos, representando cerca de 20% do mercado global de novos FPSOs. O Brasil é, de fato, o epicentro de novos projetos de energia no mundo”, concluiu.
Poderia começar relembrando para os nossos leitores um pouco sobre a linha de produtos da empresa para o setor de óleo e gás offshore? O que a Castrol oferece para o mercado neste momento?
A Castrol tem uma divisão focada no setor de energia com produtos disponíveis para vários segmentos dessa indústria. Cobrimos toda a cadeia de exploração e produção, desde plataformas de perfuração até FPSOs. Também temos soluções para sistemas de produção submarina, como árvores de natal, manifolds e umbilicais. Nosso destaque no Brasil é o fluido de controle submarino da linha Transaqua. Uma novidade dentro dessa linha, que lançamos recentemente, é o Transaqua SP, desenvolvido para poços de produção de gás natural que possuem grande risco de formação de hidratos. Todos os operadores querem evitar a formação desses hidratos, que são grandes vilões das atividades de produção.
Seria interessante se pudesse falar um pouco mais sobre essa tecnologia e os benefícios para o mercado.
O nome SP faz alusão à “proteção do sistema” (System Protection). Ele protege sistemas submarinos, aumenta confiabilidade de componentes, é compatível com diversos materiais e atende aos padrões ambientais rigorosos. Esse produto tem o diferencial de ter um alto poder de estabilidade, mesmo com contaminação de até 50% de água do mar. Além disso, possui propriedades de mitigação de hidratos e uma fórmula que garante confiabilidade, integridade, lubrificação e proteção contra corrosão.
Além dessa novidade, há algum outro produto em destaque?
Sim. O mercado de bombas de processamento submarino está crescendo muito no Brasil. Esses equipamentos aumentam a eficiência do fluxo de petróleo e gás nos poços e ampliam, e muito, a produtividade. Essas bombas precisam de propriedade de lubrificação, anticorrosão e limpeza. Por isso, temos um produto chamado Castrol Brayco Micronic SBF, que já está sendo fornecido para um cliente. Esse produto tende a ter um crescimento, já que este é um mercado que deve crescer ainda mais.
E quais são as projeções da Castrol para o Brasil?
Estamos acompanhando o mercado com uma equipe de desenvolvimento de negócios, monitorando ativos de exploração e produção e usando plataformas de inteligência de mercado. Estamos prevendo um crescimento bastante grande e tudo começa pela demanda por energia, que está em alta. O setor de óleo e gás continuará sendo importante nesse processo de transição energética e será um mercado que terá um crescimento significativo.
Considerando o cenário de FPSOs que já entraram em operação em 2024, e novos FPSOs prováveis e possíveis de entrarem em operação até 2034, a estimativa é que até 37 novos FPSOs poderão entrar em operação no mercado brasileiro nos próximos dez anos, representando cerca de 20% do mercado global de novos FPSOs. O Brasil é, de fato, o epicentro de novos projetos de energia no mundo.
Como a empresa está trabalhando as questões de descarbonização e ESG?
Esse tema é extremamente relevante para nós. A Castrol faz parte da bp, que estabeleceu a meta de neutralidade de carbono até 2050 ou antes. A Castrol tem a sua própria estratégia de sustentabilidade, que se chama PATH360. Essa estratégia atua em três pilares: diminuição de desperdício, redução na emissão de carbono e melhoria da vida das pessoas. Estamos comprometidos em reduzir pela metade a pegada de carbono dos nossos produtos até 2050.
A linha de produtos submarinos, por exemplo, já é certificada por uma terceira parte como carbon neutral. Além disso, dentro da estratégia de sustentabilidade, estamos atuando em nossas operações utilizando energia renovável em plantas que estão sob nossa gestão.
E sobre a linha de serviços da Castrol? Como ela se posiciona no mercado?
A linha de serviços é um pilar fundamental da nossa oferta. É o nosso diferencial. Temos uma equipe qualificada em todos os continentes, composta por engenheiros, químicos e especialistas, que interagem diretamente com operadores de petróleo e fabricantes de equipamentos. Essa proximidade com os clientes é o nosso diferencial, garantindo a entrega das soluções no prazo e com a qualidade necessária.
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