COM PROJETOS EM 60 PAÍSES E COM 50 UNIDADES ATIVAS NO MUNDO, A ROSATOM É O DESTAQUE NO WORLD NUCLEAR SYMPOSIUM EM LONDRES
A participação da  Rosatom na 50ª edição do World Nuclear Symposium, apresentou a visão global para o futuro da energia nuclear. No ano em que celebra os 80 anos da indústria nuclear russa, a corporação mostra sua gama completa de soluções, dos grandes reatores VVER aos pequenos reatores modulares (SMR). O foco principal está na sustentabilidade, na segurança e na contribuição para as metas de net-zero. Para lembrar,  a Rosatom tem o maior portfólio de construção de usinas nucleares do mundo.  Atualmente, a empresa mantém projetos em mais de 60 países. E ainda há 50 unidades em fase ativa em 11 países, além da Rússia, confirmando o status da
 corporação como líder global. A Rosatom também responde por cerca de 40% do mercado mundial de enriquecimento de urânio. Entre os marcos mais recentes está a decisão do Cazaquistão — maior produtor de urânio do mundo — de escolher a Rosatom como líder do consórcio para a construção da primeira usina nuclear do país.
Um dos principais vetores de desenvolvimento da Rosatom são os pequenos reatores modulares (SMR). Na região de Yakútia, na Rússia, os trabalhos do projeto já começaram. Em Ust-Kuyga, no Uzbequistão, está em andamento o projeto básico.  Essas soluções despertam especial interesse na América Latina. No Brasil, os sistemas energéticos isolados atendem mais de 2,5 milhões de habitantes e somam cerca de 1,25 GW de capacidade instalada, com emissões anuais de CO₂ de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas. Estima-se que o mercado de SMR no país possa ultrapassar 0,5 GW até 2040. Outro fator é o crescimento acelerado dos data centers: até 2034, a demanda de energia do setor pode atingir 12 GW. Desafios como esses podem ser endereçados pelos SMRs, que oferecem fornecimento estável e limpo de energia. As soluções flutuantes também
 ganham tração: está em desenvolvimento uma nova linha de unidades baseada nos reatores RITM-200, os mesmos utilizados em quebra-gelos nucleares.
Para  Ivan Dybov, diretor da companhia para toda América Latina, que fica baseada no Brasil, participaou do encontro e disse que  “A implantação de pequenos reatores modulares não é apenas um passo rumo à independência energética, mas também uma contribuição para a preservação do patrimônio cultural único dos povos indígenas que vivem em áreas de difícil acesso. Nossa experiência com a usina flutuante Akademik Lomonosov (esquerda)nas rigorosas condições de Chukotka mostrou que essas soluções garantem fornecimento estável e limpo de energia, permitindo manter o modo de vida tradicional sem prejudicar o meio ambiente. Estamos convencidos de que tecnologias semelhantes também serão demandadas no Brasil  para apoiar comunidades isoladas e proteger a natureza única do país.
O desenvolvimento de reatores rápidos e de novos tipos de combustível abre caminho para o fechamento do ciclo nuclear e para o fortalecimento da sustentabilidade energética global. Em julho de 2025, começou a fase preparatória da construção do reator BN-
1200M, que servirá de base a um futuro sistema de dois componentes, em que reatores térmicos e rápidos permitirão o aproveitamento máximo de urânio e plutônio. Hoje, o BN-800 já opera totalmente com combustível MOX (esquerda)e foi o primeiro no mundo a receber conjuntos com actinídeos menores. No âmbito do projeto BREST-OD-300, foi lançado o módulo de fabricação de combustível MNUP (nitreto de urânio-plutônio) e, em agosto de 2025, os principais equipamentos foram entregues ao local; o início da operação está previsto para 2028. Essas tecnologias são a resposta ao déficit de urânio previsto para meados do século e garantem um desenvolvimento mais eficiente e ambientalmente seguro da energia nuclear. Nos 80 anos da indústria nuclear russa, a Rosatom reafirma a solidez de suas tecnologias e a prontidão para contribuir para as metas globais de net-zero. O ponto alto das comemorações será a World Atomic Week (25 a 28 de setembro, em Moscou) — um fórum para debater inovações e o futuro da energia nuclear com a participação de especialistas e parceiros de todo o mundo.

 publicada em 13 de setembro de 2025 às 11:25                            





