COM REDUÇÃO DE ÁREAS PROMISSORAS PARA PRODUÇÃO, EMPRESAS DE ÓLEO E GÁS ESTÃO REDEFINIDO ESTRATÉGIAS DE EXPLORAÇÃO
Com restrições financeiras crescentes, preços baixos das commodities e um número reduzido de bacias promissoras, empresas de petróleo e gás estão reformulando suas estratégias de exploração. Operadoras em todo o mundo têm priorizado áreas de baixo risco e custo — conhecidas como exploração próxima ou liderada por infraestrutura (ILX, na sigla em inglês) — em vez de campanhas caras e arriscadas em novas fronteiras. A constatação faz parte de uma nova análise publicada nesta semana pela consultoria Rystad Energy.
Embora não seja uma abordagem nova, a ILX tem se mostrado uma alternativa eficaz por aproveitar hubs de produção e redes de dutos já existentes para viabilizar economicamente descobertas menores, que poderiam permanecer inexploradas. Diante da volatilidade dos preços, pressões por sustentabilidade e disciplina de capital mais rígida, a consultoria Rystad Energy projeta que os orçamentos globais de exploração devem permanecer estáveis em 2025, em torno de US$ 50 bilhões. Segundo a empresa, Indonésia, Estados Unidos e Noruega devem liderar a atividade ILX neste ano.
“O declínio da indústria global, somado a regulações ambientais, altos custos e escassez de novas fronteiras, criou um cenário desfavorável para a exploração em áreas virgens. O aumento da atividade ILX reflete um movimento estratégico em busca de recuperação de recursos de forma mais eficiente”, afirmou Aatisha Mahajan, vice-presidente de Pesquisa em Exploração da Rystad Energy.
Atualmente, a indústria está concentrada em poucas bacias com alto potencial, levando exploradoras a priorizar projetos mais próximos à infraestrutura já existente, capazes de gerar retorno mais rápido. O investimento em exploração convencional caiu de um pico de mais de US$ 117 bilhões por ano em 2013 para cerca de US$ 50 bilhões nos últimos anos.
Ao contrário dos projetos greenfield, que exigem grandes aportes em infraestrutura própria, a ILX se destaca por custos menores, prazos mais curtos e emissões reduzidas. Nos últimos cinco anos, foram perfurados cerca de 900 poços ILX, com uma taxa de sucesso de 42% — bem acima da média global de 32% em exploração.
“Com altas taxas de sucesso e adições relevantes de reservas, a perfuração ILX é essencial para sustentar a produção e maximizar o uso da infraestrutura existente. À medida que a indústria se adapta, a ILX continua sendo um dos principais motores da exploração upstream”, completou Mahajan.
Entre os 100 poços ILX previstos para 2025, o Sudeste Asiático concentrará a maior parte da atividade, seguido pela Europa Ocidental e América do Norte. Na Ásia, a perfuração estará distribuída entre Indonésia, Malásia, Vietnã e Tailândia, abrangendo 15 bacias diferentes. Na Europa, toda a atividade ILX será concentrada na Noruega. Já no Golfo do México, nos Estados Unidos, a região de águas profundas deve se firmar como um dos principais polos de ILX do ano.
Ainda existem muitas áreas promissoras. Como são diferentes as empresas não querem arriscar. Aliás, após venda de ativos para as privadas, as produções de poucos ativos retornaram aos níveis previstos exibidos das curvas de declínio de produção de pré 2014, quando a diretoria da Petrobras da época irresponsavelmente deixou de investir na produção, depreciando os ativos que, felizmente, foram vendidos muito bem, alguns até com preços excessivos segundo minhas análises. . Estão aí as empresas com dificuldade, quase na bancarrota, como a Carmo e SeaCrest, segundo voz comum do mercado. E todas as outras compradores “devem” o aumento do FR… Read more »