ÓLEO&GÁS E ENERGIA SÃO FOCOS DA FRAMES PARA CRESCER NO BRASIL | Petronotícias




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ÓLEO&GÁS E ENERGIA SÃO FOCOS DA FRAMES PARA CRESCER NO BRASIL

O grupo holandês de engenharia Frames, com larga experiência em diversos setores, é uma das mais novas empresas estrangeiras a se estabelecer no Brasil. Com um escritório no Rio de Janeiro, a companhia, que já forneceu para os mais importantes projetos do setor de petróleo e gás brasileiro, procura estreitar os laços com seus clientes no país, que considera um mercado estratégico. Além do escritório, a empresa estabeleceu uma parceria com a EBSE para o cumprimento do contrato de um lote dos módulos replicantes, responsabilidade da empresa brasileira. Porém, não é apenas na engenharia upstream e downstream que a Frames atua, mas também nos setores elétrico e de automação, que na verdade é uma das áreas mais antigas da empresa. Presente neste último setor há cerca de dez anos, a Frames já forneceu soluções em engenharia elétrica e de automação para importantes projetos da Petrobrás, diretamente ou indiretamente. Para falar mais sobre a atuação da Frames neste setor, o Gerente da Unidade de Energia da Frames, Denny Van Hoof, conversou com o repórter André Dutra.

Por que a Frames decidiu fazer negócios no setor de energia no Brasil?

Nós sentimos que o Brasil é um país com potencial desde o primeiro momento em que fizemos negócios aqui, há mais de dez anos, quando fornecemos sistemas de controle de poços para o Campo de Espadarte, em 1998. Como se trata de um país com alta demanda de equipamentos para uma indústria muito especializada como é a do petróleo e gás, a nossa penetração no país se deu de forma natural, graças à qualidade de nossos produtos.

Como a Frames executa a manutenção de seus produtos, como o primeiro contrato citado, que já tem 14 anos?

Nossos produtos são feitos para resistirem por um longo tempo sem manutenção, mas a empresa possui uma equipe de engenheiros especializados para qualquer eventualidade. No caso do primeiro contrato é importante ressaltar que o sistema está atualmente na nossa fábrica na Holanda, sendo atualizado por nossos engenheiros, e será realocado para o campo de Baleia Azul.

Quais os principais negócios já realizados neste período no Brasil?

Posso citar contratos de fornecimento muito importantes que foram feitos pela Frames, como soluções para automação de válvulas e sistemas hidráulicos, que fornecemos para FPSOs tanto da Petrobrás quanto para companhias menores. Também posso citar o sistema de injeção química, que é responsável pela injeção de fluidos nos poços, para a P-55. Também fornecemos indiretamente para as plataformas P-53, P-55 e P-57, P-58 e P-62, além dos diversos FPSOs, entre eles o Brasil e agora o Cidade de Paraty e o Cidade de Ilha Bela.

Como se deu o desenvolvimento da linha de produtos da Frames no Brasil?

Nós começamos fornecendo o que sabemos fazer de melhor, que são sistemas de automação de válvulas, que foi o primeiro produto da empresa, e daí fomos desenvolvendo a linha de produtos de acordo com a demanda de mercado dos países onde atuamos, inclusive o Brasil. Entre os setores bastante explorados no país estão os sistemas de automação com interface amigável ao usuário, além de sistemas hidráulicos em geral, desde válvulas até injeção química.

Quais os maiores clientes da Frames no Brasil?

Bom, além da Petrobrás, de quem não se pode escapar, também fornecemos bastante para o grupo Queiroz Galvão e Siemens Chemtech, o primeiro com sistemas hidráulicos e o segundo com sistemas de injeção química. Nosso primeiro contrato direto no Brasil foi com a Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em 2009, onde fornecemos um sistema de produção flutuante, chamado de balesting, além de sistemas hidráulicos e de controle de válvulas.

Qual é a representatividade do Brasil nos negócios da Frames?

Não é um número fixo, porque depende do número de projetos e outras coisas, mas a porcentagem anual de projetos para o país fica entre 10% e 20% dos negócios da parte de energia da Frames no mundo. É um mercado muito interessante e importante para a companhia, no qual nós tentamos nos adaptar cada vez mais, tanto à cultura local, de requerimentos de instrumentação e qualificação, quanto às vontades dos clientes brasileiros em relação aos projetos.

Quanto à adaptação ao Brasil, a Frames pensa em produzir no país?

É um dos passos que estamos considerando para o futuro. Com nossa parceria com a EBSE, e a criação da Frames Brasil Ltda., estamos caminhando nesta direção, que sem dúvida irá render bons frutos para a Frames e para seus clientes brasileiros.

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