COM US$ 133 BILHÕES EM CARTEIRA DIRETOR DA ROSATOM DIZ QUE A ENERGIA NUCLEAR É MAIS BARATA DO QUE EÓLICA E SOLAR

A percepção de que a energia renovável é mais barata do que a energia nuclear é apenas “meio verdade”. A informação é do Vice-Diretor Geral da Rosatom,   Kirill Komarov que concedeu uma entrevista especial para a TV russa:  “Se você combinar todos os elementos que você precisa para estabelecer conexão com a rede para renováveis, você precisa pagar adicionalmente por algumas instalações de backup. Se você combina tudo isso, verá que a energia nuclear ainda é mínima, duas vezes mais barata que o vento e, no mínimo, três vezes mais barato do que a energia solar “.  A própria Rosatom, empresa nuclear estatal  russa investe no desenvolvimento da energia eólica e “é por isso que sou um especialista qualificado nisso e vejo que os investimentos em energia nuclear são mais interessantes porque ainda é mais barato”.

A empresa possui uma carteira  de pedidos no valor de US$ 133 bilhões na próxima década, excluindo seus negócios na Rússia. Segundo Komarov, essa carteira é em função  da  principal vantagem da empresa   que  cobre todo o ciclo do combustível nuclear: “Temos tudo à nossa disposição em uma empresa, a partir da mineração de urânio até o desmantelamento de usinas nucleares e, honestamente, se queremos executar um projeto, nem precisamos de parceiros. Trabalhamos com parceiros em diferentes países, mas temos todos os recursos internamente “.

 Ele disse também que  “Em segundo lugar, um ponto muito importante é que o que estamos fazendo no exterior.  Primeiro, tentamos implementar todos os novos projetos, todas as novas soluções técnicas em nosso país, e só depois, vamos para o exterior, porque trabalhar em países estrangeiros é definitivamente muito mais difícil do que trabalhar em casa “.

 Komarov enfatizou que a tecnologia nuclear é segura, confiável e pode operar por um mínimo de 60 anos: “É por isso que eu acredito que  a energia nuclear  ainda pode ser uma parte muito significativa para o equilíbrio energético de todos e cada um dos países, especialmente tendo em conta o objetivo de descarbonização, que não pode ser alcançado sem energia nuclear”.