COMEÇA NESTA SEMANA A PRIMEIRA FASE DAS OBRAS DO PORTO CENTRAL, COM INVESTIMENTO DE R$ 2,6 BILHÕES
Após uma espera de uma década, a primeira fase da construção do Porto Central, em Presidente Kennedy (ES), será iniciada nesta semana. O empreendimento receberá, nesta primeira etapa, recursos que somam mais de R$ 2,6 bilhões para a construção de infraestrutura para um terminal de granéis líquidos de águas profundas, destinado ao transbordo de petróleo entre navios (ship-to-ship). A estrutura será capaz de operar com embarcações de grande porte, como os Very Large Crude Carriers (VLCCs).
A conclusão da primeira fase das obras está prevista para meados de 2027, com o início das operações programado para dezembro do mesmo ano. O cronograma inclui etapas como terraplanagem, construção do quebra-mar sul e instalação de estruturas de concreto. No auge das atividades, espera-se empregar diretamente cerca de 1.295 trabalhadores, com a meta de que 70% dessa mão de obra seja composta por profissionais locais.
O primeiro passo do projeto será a supressão vegetal de 65 hectares, parte dos 2 mil hectares já licenciados. Desde 2020, medidas compensatórias estão sendo realizadas, incluindo o plantio de mais de 12 mil mudas de espécies nativas e o resgate de fauna terrestre, em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). A meta é alcançar o plantio de 100 mil mudas até o final da Fase 1.
“Esse será um complexo portuário multiuso, preparado para atender às demandas de crescimento econômico do Brasil, fortalecendo nossa competitividade e gerando empregos e renda”, destacou o CEO do Porto Central, Salomão Fadlalah. Além do terminal de petróleo da Fase 1, o Porto Central planeja futuros desenvolvimentos, como um estaleiro para reciclagem sustentável de navios e um hub de contêineres capaz de atender navios de até 25.000 TEUs. O projeto também integra operações de energias renováveis, como parques solares e eólicos, e apoia a transição energética com iniciativas ligadas ao hidrogênio.
Com 2 mil hectares e profundidades marítimas de até 25 metros, o planejamento prevê 54 berços operacionais para diversos tipos de cargas, consolidando o Porto Central como um hub logístico global.
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