COMEMORANDO 60 ANOS, GILBARCO VEEDER-ROOT CONCLUI FUSÃO COM ORPAK E PROJETA CRESCIMENTO DE ATÉ 30%
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
O tempo é de celebração para a empresa Gilbarco Veeder-Root, que fornece equipamentos e soluções integradas para abastecimento de combustíveis e lojas de conveniência. A companhia está comemorando seu 60º aniversário e, ao mesmo tempo, projeta os próximos passos que dará no futuro. Um importante feito recentemente pela organização foi a conclusão da sua integração com a Orpak. A partir desta operação, a Gilbarco ampliou seu portfólio de tecnologias para postos de combustíveis, companhias petrolíferas e frotas comerciais. “Com essa fusão, nós incorporamos no nosso modus operandi um modelo de negócio diferente. Teremos oportunidades de explorar novos modelos de negócios e fazer novas integrações”, explicou o diretor de marketing da Gilbarco Veeder-Root, Bruno Rosas. O executivo ainda acrescenta que a projeção de crescimento da empresa hoje gira em torno de 20% a 30%.
O que representa essa marca de 60 anos de Brasil e qual o balanço que a empresa faz desse período?
São 60 anos de Brasil. Para uma empresa multinacional, representa saber que está investindo em um país na América Latina, acreditando no potencial desse país e expandir esse potencial para o resto da região. Nós vemos essa situação de estarmos completando 60 anos como um reforço de todo o discurso que fizemos nesses período. Acreditamos no potencial desse país. No início desta trajetória, nós começamos muito pequenos, com um escritório comercial e com uma pequena dezena de pessoas. Hoje, em 2019, temos uma fábrica e equipamentos que saem do Brasil e vão para América Latina, Oriente Médio, África, Egito… Temos mais de 500 funcionários. São poucas empresas que conseguem ter uma trajetória tão bacana e importante quanto a nossa. Estamos muito felizes.
O que muda na empresa a partir da fusão com a Orpak?
A fusão com a Orpak é um ponto de mudança relativamente alto. A Gilbarco é reconhecida no mercado como fabricante de bombas de gasolina. A primeira bomba de gasolina que existiu no mundo foi fabricada pela Gilbarco, há 153 anos. Temos uma marca muito voltada às bombas de gasolina. E os clientes que compram esse produto só voltam a ter relação comercial conosco 15 ou 20 anos depois, quando houver a troca do equipamento.
Mas quando entra a Orpak, existe uma realidade completamente diferente. O momento de contato com o cliente passa a ser diário. A Orpak trabalha com automação para postos, sistemas de gestão fiscal e operacional. Assim, o próprio modelo de negócios é uma venda recorrente. Os clientes compram a solução e, todo o mês, pagam um valor para manter a solução funcionando. Então, com essa fusão, nós incorporamos no nosso modus operandi um modelo de negócio diferente. Teremos oportunidades de explorar novos modelos de negócios e fazer novas integrações. O complemento que a Orpak nos dá permite disponibilizar produtos que, integrados, trazem a resposta que o cliente estava buscando.
Quais as novidades serão disponibilizadas ao mercado a partir dessa fusão?
Com a parte de integração, já de imediato, temos o Prime Fleet, um produto específico para o setor de indústria – transportador, mineradoras e indústria em geral que possuem sua própria frota. O Prime é a nossa linha de bombas e o Fleet é a solução da Orpak de gestão de combustível para frota. Então, em uma única bomba de gasolina, teremos um equipamento que abastece e gerencia o combustível que entra em cada frota. Será possível otimizar a utilização do combustível e evitar fraudes e roubos. Esse produto já está sendo comercializado e será ainda mais explorado nas próximas oportunidades de divulgação.
Outro ponto importante é a gestão completa de pista para o revendedor. Ou seja, um software que faz toda a transação de pagamento feita na pista do posto utilizando nossos dispositivos. O software que está conectado nas bombas fará o encontro fiscal do posto. Ele controla a parte frontal com o cliente final e gera um relatório sobre quanto o revendedor está faturando no posto. Ele também controla todo o sistema da Veeder-Root – se conecta com as sondas de medição que controlam o inventário. A solução monitora a quantidade de combustível disponível. Esse link entre a bomba, o software e o Veeder-Root acaba sendo nativo da Gilbarco. Isto é, o nosso cliente, com um único fornecedor, consegue gerir toda a automação e tem pleno conhecimento do que está acontecendo no posto de forma remota.
Qual a avaliação que a empresa faz sobre o momento atual do mercado brasileiro?
O Brasil está passando por uma grande transformação. Não vou nem comentar sobre as esferas em voga, como a reforma da Previdência e a mudança política para uma frente de direita. Vou focar na parte econômica. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) quer aumentar a competitividade neste mercado. Então, ela está explorando formas de entregar combustível, usadas em outros lugares no mundo, que possam aumentar a competitividade, deixando o setor mais enxuto e com menos custo.
Por exemplo, existem os postos de autoatendimento (self service) que são uma realidade nos Estados Unidos e na Europa. Mas aqui dentro da América Latina, temos o Chile com essa realidade também. A ANP está nesta toada de tornar o mercado mais eficiente e, com isso, gerar mais atratividade.
Quais são os planos da companhia para crescer dentro do mercado brasileiro?
Temos algumas coisas ainda confidenciais. Mas, a nossa visão é simples. Com a chegada da Orpak na operação, vamos trabalhar novos modelos de negócio. Vamos continuar com o nosso core, do ponto de vista de equipamentos e serviços de manutenção. Mas também vamos trabalhar em outros modelos de recorrência, produtos conectáveis e outros.
O cliente que entra no posto está muito conectado a uma boa experiência naquele ponto de venda. Então, além de potencializar o posto, isso gera uma fidelização da nossa marca. Estamos saindo um pouco do meio para o fim, que é o cliente que abastece o seu veículo. Estamos caminhando neste sentido.
Quais são as previsões de crescimento para o futuro?
Temos uma expectativa de sempre estar duas ou três vezes acima da taxa de crescimento deste mercado. Hoje, nossa projeção de crescimento estaria em torno de 20% a 30%.
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