COMERC FIRMA ACORDO COM MERCADO BITCOIN PARA TOKENS DE ENERGIA RENOVÁVEL
O crescimento das criptomoedas no Brasil continua prosperando à medida que instituições financeiras e fintechs continuam inovando. Recentemente, a maior exchange de criptomoedas da América Latina, Mercado Bitcoin, assinou um acordo com a COMERC — uma das principais fornecedoras de energia varejista no Brasil — para desenvolver tokens de energia renovável. Atualmente, o Mercado Bitcoin atende a mais de três milhões de clientes, tornando-se a maior exchange de criptomoedas da América Latina, listando 11 moedas e registrando um volume de negociação de $19,4 milhões (R$92,95 milhões) em 2021. A parceria busca implementar dois tipos de tokens, incluindo um vinculado a um programa de reembolso em dinheiro para geração de energia solar. O segundo token estará vinculado a certificados que documentam o consumo de energia renovável. A COMERC tem como objetivo cumprir três “Ds” em sua iniciativa de energia renovável: descarbonização (estimulando energia limpa), descentralização (promovendo a geração de energia distribuída) e digitalização (investindo em inovação tecnológica sustentável). Essa parceria com o Mercado Bitcoin permitirá que eles alcancem essas metas.
Criptomoeda é uma forma de moeda digital e uma alternativa de pagamento. Ao contrário das moedas tradicionais, as criptomoedas são projetadas para não depender de autoridades centrais, como governos ou bancos, para sustentá-las ou mantê-las. Aqueles que negociam criptomoedas as acessam por meio de plataformas de corretagem confiáveis, que são consideradas mais seguras e fornecem aos usuários uma camada de segurança com regras de stop loss. Algumas corretoras de criptomoedas têm valores mínimos para ordens de fechamento para ajudar a obter lucro, e as plataformas de corretagem possuem mecanismos para evitar o deslizamento de preços em ordens de negociação, evitando perdas significativas para os traders.
Embora as criptomoedas sejam vistas como uma alternativa inovadora e viável às moedas tradicionais, seu crescimento como indústria não é isento de controvérsias. Um dos desafios para uma adoção mais ampla das criptomoedas é o impacto delas no meio ambiente. Ao discutir o impacto ambiental das criptomoedas, é essencial considerar o consumo significativo de eletricidade. A energia necessária para isso é principalmente produzida pela queima de combustíveis fósseis. De acordo com o governo dos EUA, a criptomoeda com o maior consumo de energia em 2022 — e consequentemente, a maior contribuição para as mudanças climáticas — é o Bitcoin. Além disso, um estudo da Universidade do Novo México estima que para cada US$ 1 (R$ 4,79) investido em Bitcoin, 0,35 centavos (R$ 1,68) do dólar são gastos em custos ambientais e climáticos para todos.
O acordo entre o Mercado Bitcoin e a COMERC visa criar uma solução para o impacto climático das criptomoedas, o qual está se tornando uma grande tendência na indústria. Para ajudar a compensar os danos ambientais do crescimento das criptomoedas no Brasil, muitas empresas estão trabalhando na expansão da energia solar. A empresa de geração de energia Eneva iniciou a operação comercial do Complexo Solar Futura 1(foto principal). A Eneva já investiu anteriormente $3,2 bilhões (R$ 15,3 bilhões) na construção do Futura 1, tornando o empreendimento um dos maiores parques solares do Brasil. O projeto visa aumentar em 8% a capacidade total de geração solar centralizada na matriz elétrica brasileira. Embora não esteja diretamente relacionado ao crescimento das criptomoedas, iniciativas ambientais como essas podem ajudar a aliviar o impacto negativo da indústria no meio ambiente.
Além de compensar o consumo de energia relacionado às criptomoedas, também é vital que as autoridades locais no país continuem trabalhando na regulamentação e manutenção das criptomoedas para prevenir riscos e danos ambientais adicionais decorrentes de negociações de criptomoedas não autorizadas. Por exemplo, a SEC tem intensificado as ações contra as maiores empresas de criptomoedas do mundo, apresentando queixas contra empresas como Coinbase e Binance no último ano por motivos como conflitos de interesse, falta de divulgação e evasão calculada da lei.
Ao implementar regulamentações mais rigorosas para as criptomoedas no Brasil, “podemos garantir que as transações e os investimentos em criptomoedas priorizem a segurança e a privacidade dos traders”. Regulamentações futuras para as criptomoedas no Brasil podem exigir transparência em relatórios de impacto ambiental relacionados às operações de mineração de criptomoedas, indicando o consumo de energia ou as emissões de dióxido de carbono. Isso pode pressionar as empresas de criptomoedas a investirem em novas tecnologias e mecanismos que possam ajudar a reduzir a pegada de carbono das criptomoedas e da tecnologia blockchain.
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