COMÉRCIO DE GNL SERÁ MAIOR EM 2018 MOTIVADO PELAS IMPORTAÇÕES NA ÁSIA E EUROPA
As importações globais de gás natural liquefeito (GNL) estabelecerão um novo recorde este ano, com crescimento de 7,2%, de acordo com nova pesquisa da Bloomberg New Energy Finance (BNEF). Um aumento adicional na demanda até 2030 será impulsionado por medidas ambientais na China, aumento da geração de energia no sul e sudeste da Ásia e uma redução na produção doméstica de gás na Europa. O trabalho mostra que a demanda de GNL alcançará 305MMtpa este ano, acima dos 285MMtpa em 2017. Embora isso represente uma forte expansão, será inferior à taxa de 9,6% entre 2016 e 2017. A BNEF vê uma diminuição na taxa de crescimento da demanda de GNL durante 2019-22, com a demanda se estabilizando na faixa de 314-330MMtpa, antes de uma nova aceleração durante a década de 2020. A partir de 2023, as importações aumentarão a uma taxa de crescimento anual composta de 5% até 2030.
Ashish Sethia, chefe global de análise de GNL, disse: “A taxa de crescimento em 2019-22 diminuirá à medida em que novos gasodutos da Rússia forem entrando em operação e forem conseguindo absorver parte da demanda da China e à medida que mais energia nuclear for entrando em operação no Japão. A utilização média das usinas de exportação em 2021, quando a capacidade de oferta atingir seu pico, provavelmente será de 81%, o que é baixo para os padrões históricos”. O relatório destaca que a tecnologia de regaseificação e armazenamento flutuante continuará a desencadear a demanda em novos mercados, particularmente no Sul e no sudeste da Ásia. “Em 2022-23, o sul e o sudeste da Ásia se tornarão os principais responsáveis pelas importações mundiais de GNL, adicionando 11,7-13,6MMtpa de demanda”, comentou Maggie Kuang, chefe da análise de LNG da região Ásia-Pacífico e principal autora do relatório.
Durante 2018-2020, as importações europeias de GNL deverão crescer mais rápido do que o esperado devido a restrições na produção do gigantesco campo de gás de Groningen, na Holanda. John Twomey, diretor de análise de gás da Europa, disse que “No longo prazo, a queda na produção de gás holandês e norueguês e a retirada da capacidade de carvão pressionará as importações de GNL para mais de 104 milhões de toneladas até 2030, já que a Europa pretende manter a dependência do gás russo sob controle”. Do lado da oferta, 30 a 33MMtpa de nova capacidade serão adicionados em todo o mundo durante 2018-20. A capacidade global está prevista para atingir o pico de 396MMtpa em 2021 e fornecerá suprimento suficiente para os mercados até 2025.
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