COMITÊ DE MONITORAMENTO PREVÊ RECORDE HISTÓRICO NA EXPANSÃO DA GERAÇÃO ELÉTRICA EM 2023
O Brasil deverá terminar o ano com um novo recorde na expansão da capacidade instalada de geração de energia elétrica. A previsão foi apresentada nesta semana durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em Brasília. A perspectiva do crescimento da oferta de geração de energia se dará, principalmente, pelo incremento das fontes eólica e solar no sistema elétrico nacional.
Em fevereiro, a expansão na capacidade instalada de geração de energia elétrica foi de aproximadamente 749 MW. Além disso, houve expansão de 1.096 km de linhas de transmissão. Até aqui, a expansão em 2023 totalizou 2.027 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 1.761 km de linhas de transmissão e 3.166 MVA de capacidade de transformação. Sobre geração distribuída, a expansão verificada em 2023 foi de 1.813 MW, atingindo o total de aproximadamente 18,2 GW instalados no país.
No contexto das condições favoráveis de atendimento, foi destacado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que o mês de fevereiro finalizou com os melhores níveis de armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN) dos últimos 16 anos. Estão sendo verificados excedentes de geração de energia elétrica nas diferentes regiões do país, permitindo a exportação comercial destinada à Argentina e ao Uruguai, sem prejudicar a segurança energética nacional, bem como os serviços oferecidos aos consumidores brasileiros.
O CMSE informou ainda que, em fevereiro, foram verificados armazenamentos equivalentes de 76,9%, 85,9%, 85,3% e 96,8% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN, o armazenamento ao final de fevereiro foi de 80,1%.
O comitê avaliou também a proposta apresentada pelo ONS relativa às curvas referenciais de armazenamento (CREF) para 2023, que representam ferramenta de auxílio à tomada de decisão, de forma não determinativa, quanto à necessidade da adoção ou permanência de medidas adicionais com vistas à garantia do atendimento energético no país.
“Foi utilizado cenário de aversão construído a partir dos valores de Energia Natural Afluente (ENA), entre outubro de 2020 e setembro de 2021, quando foram registrados os piores valores de afluências em 12 meses do histórico de 92 anos. Além disso, foi considerado armazenamento mínimo de 21,4% no SIN ao final de novembro de 2023, com a seguinte distribuição entre os subsistemas: 20% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 30% no Sul, 23,5% no Nordeste e 22,5% no Norte”, explicou o Ministério de Minas e Energia, que lidera o CMSE.
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