COMITÊ DO SETOR ELÉTRICO GARANTE SUPRIMENTO, MAS ALERTA SOBRE POSSIBILIDADE DE ACIONAMENTO ADICIONAL DE TERMELÉTRICAS

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reuniu nesta semana para discutir a garantia do suprimento eletroenergético no país ao final do período seco de 2025. Segundo dados apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o atendimento energético do Brasil segue assegurado até março de 2026 — fim do horizonte de seis meses da avaliação prospectiva apresentada nas reuniões do CMSE.

No entanto, na análise do atendimento à potência do Sistema Interligado Nacional (SIN), considerando cenários de alta demanda combinados com baixa geração eólica e condições hidrológicas desfavoráveis, há a possibilidade de o ONS despachar geração térmica adicional, além da maximização da produção das usinas hidrelétricas (UHE) do São Francisco e do uso mais intenso do reservatório da UHE de Itaipu.

Em setembro, a distribuição das chuvas apresentou as características típicas da transição do período seco para o chuvoso, com precipitações concentradas nos extremos do país. No Sul, os volumes foram superiores à média nas bacias dos rios Jacuí e Uruguai, e no Norte, nas bacias dos rios Tapajós e Xingu. Nas demais bacias hidrográficas do SIN, a precipitação ficou abaixo da média.

Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), ao longo de setembro foram registrados valores inferiores à média histórica na maioria dos subsistemas do SIN, com exceção do Sul. Considerando a ENA agregada do sistema, o índice alcançou 74% da Média de Longo Termo (MLT). Nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, os percentuais foram de 61%, 108%, 43% e 60% da MLT, respectivamente.

Ao final do mês passado, os níveis de energia armazenada estavam em 50%, 91%, 54% e 82% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. No total do SIN, o armazenamento foi de aproximadamente 56%.