COMPAGAS PROJETA FATURAMENTO RECORDE EM 2014
Impulsionado pelo contrato de R$ 1,5 bilhão para suprimento de gás para a termelétrica de Araucária (UEGA), a Compagas deverá bater seu faturamento recorde neste ano. A retomada ocorreu justamente no momento em que o setor elétrico passou a depender mais das térmicas para atender a demanda. O maior fluxo de caixa deverá impactar positivamente os investimentos da companhia a partir de 2015, mas a continuidade do ciclo depende da busca de alternativas para o suprimento de gás no Paraná, que, segundo o presidente da Compagas, Luciano Pizzato, enfrenta a limitação da oferta causada pela saturação do gasoduto Bolívia-Brasil, explica Pizzatto.
De acordo com Pizzatto, foram três anos de negociação e convencimento da Copel sobre a necessidade de voltar a operar a UEGA. Com mais dinheiro para investir, dois projetos devem ganhar atenção especial a partir do próximo ano. Um deles prevê a construção de novos ramais ligando Curitiba aos novos campos de gás convencional da cidade de Pitanga, onde um consórcio formado pela Copel e mais três empresas venceu o leilão da ANP para exploração do combustível. “Esse investimento deve levar de três a cinco anos, o mesmo prazo para a maturação dos campos de gás. Trata-se de um investimento fundamental. A expectativa é que a exploração comece já em 2015”, afirmou o executivo.
O outro projeto é o de construção de um gasoduto que liga o Porto de Paranaguá a Araucária, que a companhia tenta tirar do papel desde 2012. Com exceção da Copel, sócia majoritária da Compagas, a construção do terminal de importação de gás natural liquefeito (GNL) e do gasoduto sempre enfrentou resistência dos outros sócios da Petrobrás e da Mitsui, os outros sócios. Segundo Pizzatto, as duas empresas anunciaram recentemente o estudo de um projeto para a implantação de um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) no Rio Grande do Sul. ”Diante disso, não há argumentos que sustentem as negativas das empresas em viabilizar um investimento semelhante no Paraná”, afirma.
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