COMPANHIAS AÉREAS PEDEM SOCORRO MAS ESTÃO COBRANDO PREÇOS EXORBITANTES COM SERVIÇOS DE PÉSSIMA QUALIDADE
Ultimamente as companhias aéreas são as que mais reclamam ajuda do governo. É um meio estratégico para qualquer país, mas mesmo passando por dificuldades, o atendimento aos passageiros passa por uma séria crise. Primeiro, com o fim da Varig, o Glamour de viajar de avião, despencou. E a empresa foi derrubada indo a falência por interferência do governo, que até hoje deve há muitos de seus funcionários. A TAM, na época do Comandante Rolim, beneficiados pelo fim da Varig, da Transbrasil, Vasp e Cruzeiro, retomou o respeito e o carinho pelos passageiros, que passaram a ser super bem tratados. Com a concorrência da Gol, o surgimento das famosas barrinhas para brinde aos passageiros, acabou por derrubar o carinho de todas as empresas, para poder competir com, na ocasião, preços mais baixos, mas voando com desconforto. Mesmo as internacionais. Quer experimentar? Viagem pela TAP para Portugal e sinta o apreço das aeromoças com os passageiros da classe econômica. É comovente….
A Lufthansa ainda guarda algum respeito, mas outras europeias como Air France-KLM, que se juntaram, baixaram os custos e derrubaram o respeito pelos passageiros. Mesmo os da Classe Executiva, que tinham um atendimento diferenciado, até mesmo pelos preços exorbitantes de suas passagens. Vejam o exemplo de hoje (19), da médica Dra. Juliana Andrade Gomes, que neste momento ainda está voando para o Brasil, devendo pousar às 19 horas no voo KL 705. Ela pagou quase o equivalente a R$ 16 mil em um voo Rio-Genebra-Rio na Classe Executiva. Em função de uma emergência, a médica precisou interromper a viagem de especialização e antecipar a sua volta em cinco dias. Para isso teve que pagar uma multa de US$ 689 Euros, o equivalente a quase de R$ 3.500,00; Embarcou com seus bilhetes marcados para fazer uma escala em Amsterdã, na Holanda. Lá, foi retirada da classe executiva (mesmo já marcada em Genebra) e recebeu um voucher do tipo ” CALA A BOCA” no valor equivalente a R$ 450,00 que só podem ser gastos em uma
viagem em avião da KLM. O seja pagou R$ 16 mil pelo seu bilhete, pagou mais quase o equivalente a R$3.500,00 de multa e recebeu um voucher equivalente a R$ 2.520 para vir de econômica. Não é apenas só o desrespeito, mas sim a desonestidade da transação. Procuramos a companhia, mas o serviço parece repetir o atendimento aos passageiros. Até agora, nada.
Ainda assim o governo prepara um conjunto de medidas para ajudar companhias aéreas, que amargam prejuízos e acumulam dívidas desde a pandemia de Covid-19, justificam. Os aviões estão lotados. Os preços nas grimpas. Um voo Rio-São Paulo na Ponte Aérea para os executivos que precisam chegar cedo aos seus compromissos em São Paulo ou no Rio, precisam pagar um bilhete equivalente ao preço de uma passagem para a Europa. Como um um voo de 35 minutos pode
custar o mesmo que um voo de 9, 10, 11 horas ? O governo pode até auxiliar, mas precisa cobrar por uma regularização melhor nesse mercado.
As empresas terão abatimento de suas dívidas regulatórias — como tarifas aeroportuárias — renegociação de débitos tributários e uma linha de crédito via BNDES Integrantes do governo tentam encaminhar as primeiras medidas nas próximas semanas. Uma das medidas negociadas com as aéreas diz respeito a dívidas administrativas, nas tarifas aeroportuárias, taxas e multas em órgãos como Agência Nacional de Aviação Civil e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
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