COMPLIANCE DA PETROBRÁS CONSIDERA QUE AMIGO DE BOLSONARO NÃO TEM QUALIFICAÇÃO PARA OCUPAR GERÊNCIA DA EMPRESA

Carlos Victor Guerra Nagem, capitão da reserva da Marinha e trabalhando na Petrobrás há onze anos,  amigo e indicado pelo Presidente Bolsonaro,  levou bomba do Conselho de ética da empresa e não vai assumir a gerência de inteligência da companhia. Parece uma espécie de desafio, porque a partir desta decisão, a empresa não pode errar em nada que diga respeito ao compliance. E olha que ela está cheia de denúncias internas de várias empresas que participaram de processos de licitação e fizeram vários questionamentos. Não na gestão Castelo Branco, mas na gestão de Ivan Monteiro. A  diretoria de conformidade é a mesma. Há informações que a empresa está processando até mesmo um de seus ex-funcionários, o engenheiro  João Batista de Assis Pereira que fez denúncias à ouvidoria sobre irregularidades em contratos assinados pela empresa  e que foram publicadas aqui no Petronotícias. Não só a ouvidoria, mas a diretoria de compliance, perdeu a margem de erros.

Carlos Nagem não teve seu nome aprovado na avaliação interna de governança realizada pela companhia para ocupar o cargo de gerente  de Inteligência e Segurança da estatal. Seu nome não foi aprovado devido à falta de experiência em funções de gerente. Nagem foi  indicado pelo presidente da Petrobrás, para assumir a gerência. Ele é  amigo particular de Bolsonaro. A Petrobrás disse em nota que “Apesar de sua sólida formação acadêmica e atuação na área, seu nome não foi aprovado porque ele não possui a experiência requerida em posição gerencial que é necessária à função, considerada de elevada sensibilidade para a companhia“. Quando indicou o amigo para a gerência da Petrobrás, Bolsonaro recebeu críticas e disse que “ peço desculpas por não indicar inimigos”.