COMUNIDADE BRASILEIRA DE DUTOS VAI BUSCAR NOVAS PARCERIAS NO CANADÁ | Petronotícias




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COMUNIDADE BRASILEIRA DE DUTOS VAI BUSCAR NOVAS PARCERIAS NO CANADÁ

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

marcelino-tarjaO Brasil e o Canadá tem se revezado ano a ano na recepção da indústria mundial de dutos, com eventos realizados no Rio de Janeiro e em Calgary, alternadamente, e a próxima edição está chegando. Em 2016, é a vez dos canadenses, com a International Pipeline Conference (IPC 2016), que acontece entre os dias 26 e 30 de setembro, e a comunidade brasileira de dutos já está se preparando para a viagem, em busca de novas parcerias, conexões e oportunidades. O assessor da presidência da Transpetro, Marcelino Guedes, que também é presidente do Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT), é um dos destaques da comitiva nacional, junto a outros nomes da Transpetro e do IBP, que organiza a versão brasileira da feira, a Rio Pipeline, marcada para o próximo ano. Guedes afirma que alguns dos pontos de maior interesse na conferência deverão ser sistemas de prevenção a danos, o tema da segurança na área de dutos e tecnologias contra corrosão, ressaltando que vão buscar parcerias para tornar a Rio Pipeline cada vez mais relevante no cenário internacional. Na exposição, a Liderroll será a única empresa brasileira presente, sendo que ela comprou todo o espaço que pertencia nos últimos anos ao Pavilhão Brasil, agora descontinuado pelo IBP. A organização do evento deu destaque especial para a companhia brasileira e inclusive selecionou seu estande para as imagens do folder de divulgação da IPC deste ano.

Como será a participação da Petrobrás?

Eu estou indo pela Petrobrás, com mais algumas pessoas da Petrobrás Transporte, além do pessoal do IBP, por conta da parceria com a ASME (American Society of Mechanical Engineers), para a realização da Rio Pipeline no Brasil a cada dois anos. São eventos irmãos, Calgary e Rio Pipeline, e estamos buscando algumas parcerias, para tornar nosso evento aqui cada vez mais internacional. Este não teremos o Pavilhão Brasil, por conta de contenção e pela situação econômica, mas reforçamos nossa intenção de ampliar as trocas e as parcerias.

Como será a participação do CTDUT na IPC?

Temos que buscar serviços nesse momento de baixa aqui no Brasil. E a estrutura do CTDUT é uma coisa única no mundo. É o único lugar no mundo que tem um duto com dimensão operacional. Vamos fazer uma divulgação lá, em busca de parcerias, mas o momento no Brasil está muito difícil. Estamos conversando com uma empresa de Houston, Stress Engineering, de tecnologia, focada em matérias e ensaios mecânicos, na tentativa de uma parceria, e temos outra negociação em Calgary, com a C-FER, um centro de tecnologia canadense.

Vão apresentar trabalhos, em nome da Transpetro ou do CTDUT?

Não vamos apresentar. Temos algumas frentes de interesse, estamos sempre acompanhando esses eventos. Temos interesse na área de dutos corroídos, também na de análise de defeitos. Outra em que estão muito forte lá fora é a área de prevenção a danos nos dutos, principalmente por ação de terceiros. Também temos interesse no segmento de segurança de dutos, que deve ser um dos destaques, avaliando formas de protegê-los melhor. Também queremos ver apresentações sobre a utilização de fibra ótica para identificar pessoas andando na faixa; a corrosão sob tensão (quando tem uma falha num revestimento e aparecem pequenas trincas que podem levar o duto à ruptura, o que ocorre quando dutos têm idade mais avançadas), entre outras frentes.

Qual a importância da feira para o segmento de dutos?

A IPC é o principal evento mundial na área de dutos. Acontece há cada dois anos, então é preciso estar lá para ver as tendências, como as tecnologias estão evoluindo, como as operadoras estão se comportando etc. Acho que o mundo precisa ainda de um evento global do setor de dutos, e a Rio Pipeline teria potencial para isso, mas não conseguimos atingir esse ponto ainda. Tem uma tentativa de evento similar na Europa, e alguns menores na Ásia, mas os dois maiores são o de Calgary, em primeiro lugar, e a Rio Pipeline, em segundo. Se houvesse um esforço concentrado da comunidade de dutos, a Rio Pipeline poderia assumir esse lugar.

Como vê a ausência da ANP, assim como o fim do Pavilhão Brasil, na IPC?

É natural. O momento é diferente. Temos que entender esse momento da economia do país. A própria Petrobrás está indo com poucas pessoas. É um momento de readequação, por conta da nossa realidade. Precisamos fazer isso.

O que pode ser trazido de lá?

Evoluções na área de segurança de dutos, na área de tecnologia, avanços na parte de automação e esse conceito de prevenção de danos, que precisamos aprimorar na nossa cultura local.

Quais os caminhos que o país precisa seguir para ampliar a malha de dutos?

É o mercado que responde. A malha dutoviária está totalmente ligada ao consumo de energia, de petróleo e derivados. O que faz a malha crescer é o crescimento da economia. Apesar de o setor estar em recessão em alguns lugares do mundo, nos Estados Unidos ele está aquecido, porque o petróleo está mais barato, o consumo está maior também, então aquece o mercado de dutos. Então é a economia que movimenta isso.

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