CONENGE APRESENTA O MENOR PREÇO PARA CONCLUIR A CARTEIRA DE ENXOFRE DA RNEST
As obras da Petrobrás estão começando a ver um novo horizonte com a retomada das licitações e a carteira de enxofre da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) é uma das primeiras da lista a sair. O menor preço ficou por conta da Conenge Engenharia, que apresentou uma proposta de R$ 215 milhões para concluir as obras, paradas desde que a Petrobrás rompeu com a Alumini, em janeiro de 2015. O Petronotícias traz a seguir a lista das cinco concorrentes no projeto:
R$ 215 milhões – Conenge
R$ 218,5 milhões – Engecampo
R$ 244 milhões – Usiminas
R$ 301 milhões – Saldimpianti
R$ 306 milhões – Qualiman
Os valores podem parecer baixos para um grupo de unidades como esse, mas o fato é que ele já está com 95% de avanço, de modo que a empresa vencedora só precisará finalizar os últimos 5%. Na época em que a Petrobrás rescindiu o contrato com a Alumini, a empreiteira tinha pedido R$ 74 milhões para concluir o projeto, mas a estatal não aceitou.
Agora, dois anos depois e com um enorme prejuízo por não ter usufruído da estrutura por todo esse tempo, a companhia ainda precisará pagar um valor bem mais alto para resolver a questão. E há explicação para isso. As concorrentes não tiveram acesso ao histórico das obras, de modo que a empresa selecionada precisará averiguar e revisar tudo antes de dar continuidade às atividades de construção e montagem.
Funcionamento das unidades
A carteira de enxofre da Rnest inclui as Unidades de Tratamento de Águas Ácidas (U-41, U-42, U-43 e U-44), com os respectivos sistemas de tancagem; as Unidades de Regeneração de MDEA – Metildietanolamina – (U-28, U-29, U-38 e U-39), com os respectivos sistemas de tancagem; a Unidade de Neutralização de Soda utilizando ácido Sulfídrico (U-48); as Subestações SE-9300 e SE-9400; as Casas de Controle Local CCL-93 e CCL-94, destinadas à operação das Unidades U-93 e U-94 (SNOx – ainda não concluído e que passará por outra licitação); além das unidades U-45 e U-46 (UREs) e suas interligações.
O funcionamento da carteira se dá da seguinte maneira: os tanques recebem as águas ácidas contendo água + H2S (gás sulfídrico) + CO2(Dióxido de Carbono) proveniente das Unidades de Coqueamento Retardado e Hidrotratamento; as águas ácidas são envidadas para as Unidades U41, 42, 43 e 44, onde são devidamente tratadas, gerando água reciclada (que retorna para o processo de refino) e H2S + CO2, que são enviados para as Unidades de Regeneração de MDEA (Amina – base). Nas unidades 28, 29, 38 e 39, o MDEA absorve o H2S e o CO2 através de reação química, tornando a mistura solúvel, e este produto é enviado para a Unidade de Recuperação de Enxofre para o processo de recuperação na forma líquida, para que possa ser utilizado como fertilizante, quando misturado a uma solução de amônia, ou gesso, quando misturado com calcário, entre outras finalidades.
Histórico
A obra é uma das que levou a Alumini a pedir recuperação judicial, depois de muitas discussões de pleitos com a Petrobrás. No plano de recuperação da empreiteira, ela baseava boa parte da esperança de quitar suas dívidas em questões relacionadas à Rnest.
Até o rompimento das relações, a empresa tinha três grandes contratos com a estatal brasileira, todos para a Refinaria Abreu e Lima, e alegou em 2015 que teria R$ 1,672 bilhão (números de 20 de janeiro de 2015, sem correção) a receber no total, somando pleitos relativos à construção da Casa de Força (em que esperava receber R$ 760,3 milhões), da unidade SNOx (com expectativa de receber R$ 421,3 milhões) e das unidades da carteira de enxofre (em que esperava conseguir R$ 490,6 milhões), segundo seu plano de recuperação judicial aprovado pela justiça na época.
No entanto, a situação é complicada, porque a companhia alegava ter tido duras perdas nos anos anteriores a 2015 nestes contratos com a Petrobrás, mas ao mesmo tempo foi citada em investigações relativas à Operação Lava Jato e foi suspensa do cadastro da estatal por dois anos, além de ter tido seus contratos rescindidos unilateralmente pela companhia, o que complicou bastante o processo de retomada da credibilidade e de conseguir reaver valores na justiça.
Até que enfim uma empresa séria.
Preço baixo para o que tem que ser feito ainda
Depois vem os aditivos de prazo e valor. Alguém duvida….
não tem problema se o preço for baixo, aplica-se aditivo. ou alguem acredita que isso acabou?
O mais engraçado é que a Petrobras poderia ter concluído a obra por $ 74 milhões. Agora vai gastar mais de $ 200 ?? É isso mesmo? Parabens, grande decisão.
Será que a vencedora tem idoneidade financeira para concluir a obra?
Não seria correto arguir a capacidade financeira?
Jah está fechado? Ou ainda tem alguma negociação?
Não discuto a licitação porque não participei dela. Resta saber se a empresa vencedora cumprirá o contrato, realizando a obra dentro do prazo e custo previstos. Quem viver, verá!
Já trabalhei na conenge empresa muito boa
Conenge fiz parte da dessa empresa na obra do alto forno 3 na antiga cst em vitoria no porto de tubarão
Que besteira ficar questionando se Empresa é séria, tem idoneidade e bla bla bla. Querem o que? Chamar a toda poderosa odebrecht ou Queiroz Galvão! Me poupem viu, empresas Boas e com idoneidade existem aspa montes mas não tinham chance nesse cartel que se formou e que atua no Brasil em todos os âmbitos.
A existência de aditivos ou não vai depender se a Petrobras fez um escopo completo das necessidades para fazer a licitação e fez uma análise técnica criteriosa para saber se os proponentes ofertaram exatamente o que a Petrobras pediu. Não adianta a Petrobras colocar no MD da licitação que quer por exemplo tanques de aço carbono e depois que contratar o fornecedor falar que os tanques tem que ser em inox.
Ai, certamente haverá aditivo.
Eu em meio a tanto que vivi e ouvi dentro da Refinaria Tanto pela CNCC e Ebe Alusa que eu trabalhei so pesso a Deus que realmente dessa vez seja Retomado com comprometimento
Quando será o retorno das obra?