CONFIANTE NA RETOMADA DO MERCADO, GRUPO REPSOL PARTICIPARÁ DA 14ª RODADA, MAS MANTÉM SEGREDO EM SUA ESTRATÉGIA | Petronotícias




faixa - nao remover

CONFIANTE NA RETOMADA DO MERCADO, GRUPO REPSOL PARTICIPARÁ DA 14ª RODADA, MAS MANTÉM SEGREDO EM SUA ESTRATÉGIA

PRO_9545Já há uma certa ansiedade entre as empresas que estão dispostas e habilitadas a participarem da 14ª Rodada, no próximo dia 27, quarta-feira da semana que vem. Os leilões serão realizados a partir das 9 horas da manhã no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Todas as providências estão sendo tomadas para o evento que está sob a responsabilidade da Agência Nacional de Petróleo. O Petronotícias está se antecipando e  ouvindo algumas empresas já habilitadas para os leilões, como a Repsol Sinopec. Nós conversamos com o CEO da empresa, Leonardo Junqueira. Veja a entrevista:

– A Repsol indicou, no início de agosto, o interesse em participar da 14ª rodada em parceria com outras empresas. Como está o andamento das negociações com as outras companhias neste sentido?

– O Grupo Repsol participará da 14ª rodada, por meio da Repsol Exploración. Como Repsol Sinopec Brasil, não temos autonomia para falar desta outra empresa do grupo.

–  A Repsol Sinopec tem obtido êxito no Brasil, quebrando inclusive recorde de produção no País recentemente. O modelo de exploração em parcerias vai ser mantido ou a empresa também planeja entrar sozinha em novos projetos?

– A Repsol Sinopec Brasil completa 20 anos em 14 de novembro de 2017. Temos operações nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo. Nossa carteira de ativos inclui três campos produtivos – Albacora Leste, Sapinhoá e Lapa – além de blocos em desenvolvimento e em exploração. Este ano, superamos a marca de 90 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia e, hoje, ocupamos a quarta posição no ranking dos maiores produtores da ANP.dedd

A parceria histórica entre a Petrobrás e a Repsol Sinopec durante esses 20 anos de atuação no Brasil foi essencial para o desenvolvimento e sustentabilidade de nossas operações no país, nos ajudando a alcançar nossa atual posição no mercado. Além da Petrobrás, somos parceiros também da Total, da Shell e da Statoil. Nossa intenção é continuar a realizar parcerias. Consideramos que a troca de experiência e expertise entre os parceiros tem sido essencial para o desenvolvimento dos nossos ativos no país.

– A empresa também manifestou quais são as áreas que mais despertaram interesse. São diversos blocos localizados em quatro blocos (Campos, Espírito Santo, Santos e Sergipe-Alagoas). Poderia detalhar um pouco como foi feita a escolha dessas áreas?

– Essa é uma informação confidencial, da estratégia da Companhia, o que podemos afirmar é que estamos avaliando as oportunidades.

– Quais são as perspectivas com a 14ª rodada? Existem áreas ofertadas que são consideradas cruciais para os planos da empresa?

– Como falei, são informações estratégicas.

– O setor de óleo e gás passou por mudanças intensas em sua legislação recentemente. Ainda assim, existem alguns pontos que, na visão da Repsol, deveriam ser alterados para favorecer os negócios?

ded– Na Repsol Sinopec, reconhecemos os avanços realizados na regulamentação brasileira, principalmente em questões relacionadas ao programa Gás para Crescer, a política de conteúdo local, o Repetro e a questão do operador único.

Em relação ao conteúdo local, uma grande melhora virá com as mudanças na política para os novos leilões e a proposta de modificação nas regras de waiver, que permitirão adequar os percentuais de nacionalização inicialmente contratados.

Já o Repetro é essencial para a viabilidade da indústria de O&G no Brasil, mantendo o país mais competitivo e reduzindo a tributação sobre o investimento. A renovação do regime especial por mais 20 anos é o período ideal, pois é compatível com o horizonte de investimentos do setor.

Apoiamos também o programa Gás para Crescer, lançado no início de outubro de 2016 pelo Ministério de Minas e Energia, que apresenta medidas efetivas de aprimoramento da regulamentação do setor. O programa contribui para a consolidação de um ambiente mais competitivo no país, em que o gás poderá aumentar sua participação na matriz energética nacional.

– Como a empresa enxerga o setor de óleo e gás brasileiro? Vê sinais de retomada?

– Estamos otimistas em relação às mudanças anunciadas recentemente pelo governo que podem contribuir para destravar investimentos na indústria. O fim da operação única da Petrobras no pré-sal e a diversificação de operadoras no país, com os novos leilões programados pela ANP, devem aquecer o mercado.

– Em relação aos leilões previstos para os próximos anos no Brasil, a empresa já estuda a participação nestas licitações?

– Ainda estamos avaliando a participação da Repsol Sinopec Brasil nos próximos leilões. Temos um histórico de investimento bem grande no setor. Fomos a empresa que mais arrematou blocos no primeiro leilão, após a abertura do mercado, por exemplo. Hoje já contamos com uma carteira sólida de ativos no país e projetos importantes em desenvolvimento, que pretendemos gerir de forma eficiente para aumentar nossa capacidade de geração de valor.

Um dos projetos em desenvolvimento é o BM-C-33, com capacidade de abastecimento de aproximadamente 15M m³/dia de gás natural. Esse volume corresponde a cerca de 50% do que o Brasil importa da Bolívia atualmente, o que reforça a importância do ativo para o desenvolvimento do país. Fomos a Companhia operadora do campo durante a campanha exploratória, de 2010 a 2012, e durante a campanha de appraisal, até 2016, que resultou nas descobertas de Pão de Açúcar, Seat e Gávea. Essa campanha de appraisal foi considerada uma das mais complexas do pré-sal.

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of