CONFLITOS NO MAR VERMELHO PROMETEM SE ACIRRAR COM A PARTICIPAÇÃO DIRETA DO IRÃ E DA CORÉIA DO NORTE
O Oriente Médio está parecendo o início dos incêndios criminosos nas florestas brasileiras no verão, quando se coloca pontos de incêndio em diferentes pontos e, de repente, o fogo se espalha. Depois do ataques criminosos e premeditado dos terroristas do Hamas contra residentes civis no sul de Israel, matando mas de 1.200 pessoas, entre velhos, crianças e mulheres e sequestrando mais de 200 pessoas, inclusive bebês, a Faixa de Gaza começou a sofrer um duríssimo contra-ataque das forças militares israelenses. O segundo ponto de incêndio do ataque de outro grupo terrorista, baseado no Iêmen, também armado pelo governo do Irã, passou a atacar navios comerciais, no Mar Vermelho. Em consequência, doze países ocidentais, liderado pelos Estados Unidos e Reino Unido, formaram uma força militar robusta e, depois de um ultimato aos terroristas não respeitado, atacaram duramente bombardeando diversos pontos do Iêmen.
Agora, outros pontos de incêndio. Um grupo terrorista, que ainda não assumiu a responsabilidade pelos ataques, lançaram mísseis que explodiram a sede da Embaixada
Americana no Irã e um escritório que seria do Mossad, o serviço secreto Israelense no Iraque. Agora, mais dos pontos de ataques que aumentarão a tensão na região ainda mais. O primeiro deles foi ataque promovido pelo Irã, que lançou ontem (16) mísseis contra alvos no Paquistão e no Iraque, visando o que descreveu como bases do grupo armado Jaish al-Adl. O Paquistão disse que os ataques mataram duas crianças e feriram outras três, no que descreveu como uma “violação não provocada” de seu espaço aéreo. O anúncio do Irã foi seguido de confusão. Entretanto, o ataque do Irã dentro do
Paquistão, que possui armas nucleares, ameaça as relações entre os dois países, que embora mantenham relações diplomáticas, tem olhares desconfiados um para o outro e não se bicam. O Irã também atacou alvos no Iraque e na Síria, enquanto Teerã alegando uma reação após um duplo atentado suicida reivindicado pelo grupo militante sunita Estado Islâmico, que matou mais de 90 pessoas neste mês. No Iraque, as autoridades dizem que o ataque matou pessoas, inclusive uma menina de 11 meses. Horas depois, o governo iraquiano retirou seu embaixador de Teerã e convocou o encarregado de negócios do Irã em Bagdá para protestar.
O segundo ponto de tensão, que promete incendiar de vez a região, é a Coreia do Norte que opera uma rede ilegal de contrabando de armas usada para financiar o seu programa de armas nucleares em todo o mundo, segundo investigadores dos Estados Unidos e da ONU. Durante a guerra em Gaza, as Forçar Militares de Israel (FDI) recuperaram grandes quantidades de armas da Faixa de Gaza que aparentemente foram produzidas na Coréia do Norte, conforme relatado pelo Serviço Nacional de Inteligência Sul-Coreano. Desde que estas armas foram apreendidas, novas informações foram publicadas revelando a relação atual e histórica entre a Coreia do Norte e o Hamas, bem como outras organizações terroristas, incluindo o Hezbollah, a Jihad Islâmica, a Síria, e os Houthis, de acordo com um estudo do Instituto Stimson Research. Em 16 de Outubro, o embaixador israelita na Coreia do Sul, Akiva Tor, expressou preocupação pelo fato de o Hamas ter usado armas norte-coreanas contra Israel e prometeu destruir os estoques de armas norte-coreanos na Faixa de Gaza.
Os prejuízos causados pelos ataques dos terroristas Houthis no Mar Vermelho são bilionários para a economia de todo mundo. Para as companhias marítimas ainda mais. Os seguros estão elevadíssimos, envolvendo ressuguradoras, preços para consumidor disparando e fabricados parando suas máquinas. Hoje a Shell suspendeu todos os carregamentos que passam pelo Mar Vermelho após os ataques contra o Iêmen pela coalizão liderada pelos Estados Unidos.No mês passado, um navio contratado pela Shell para transportar petróleo produzido na Índia foi alvo de um ataque de drones na região e alvejado por botes com terroristas. Esses ataques poderiam causar derramamento de petróleo e apresentar riscos à segurança da tripulação e ao meio ambiente. A Shell tomou esta decisão depois das petroleiras BP, Qatar Energy e as empresas de logística Maersk, Hapag-Lloyd, entre outras. A Michelin, por exemplo, interrompeu produção em quatro fábricas na Espanha por
falta de borracha in natura. Vários carregamentos estão sendo redirecionados para cruzar o continente africano pelo Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, aumentando significativamente o tempo de tráfego de insumos e mercadorias. A montadora a americana Tesla interromperá a produção na sua fábrica em Berlim, na Alemanha, por duas semanas a partir do dia 29 de janeiro, por conta da falta de autopeças. A Volvo Car paralisou uma fábrica na Bélgica por três dias. A Siemens está sentindo quedas na produção por causa desta logística e procura outros fornecedores para achar alternativas.
Nesta quarta-feira (17), a Índia anunciou que se envolveu em negociações diplomáticas com o Irã sobre os ataques a navios no Mar Vermelho pelo apoio aos terroristas Houthis, apoiado por Teerã. O ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, esteve no Irã esta semana para manter conversações com seu homólogo e disse que as discussões abordaram a situação do Mar Vermelho. Os ataques abrandaram o comércio entre a Ásia e a Europa, perturbando as cadeias de abastecimento. Os Houthis dizem que estão agindo em solidariedade com os palestinos em Gaza e ameaçaram expandir os ataques aos navios dos Estados Unidos, enquanto a guerra entre Israel e o grupo militante Hamas dura pelo quarto mês.
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