CONSELHO DA PETROBRÁS ACEITOU O PEDIDO DE RENÚNCIA DE CAIO PAES DE ANDRADE E NOMEIA INTERINO PARA O CARGO
Fim de casamento antecipado. O Conselho de Administração da Petrobrás aprovou na manhã de hoje (4) o encerramento do mandato de Caio Mário Paes de Andrade (foto) como presidente da empresa. Desde o final da noite de ontem (3), já circulava no mercado a informação de que o executivo teria apresentado sua carta de renúncia ao cargo. Como já anunciado pela Petrobrás no final do ano passado, Paes de Andrade assumirá a Secretaria de Gestão do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas .
Em decorrência da vacância na presidência, o comando da Petrobrás ficará interinamente nas mãos do diretor de desenvolvimento da produção, João Henrique Rittershaussen (foto abaixo, à direita). O governo do presidente Lula já indicou o senador Jean Paul Prates (PT-RN) para ser o próximo presidente da petroleira. No entanto, Paul Prates ainda terá que aguardar os processos e tramites internos até a aprovação de seu nome pelo conselho da empresa.
O Ministério de Minas e Energia (MME) enviou ontem um comunicado ao Conselho de Administração da Petrobrás, informando formalmente sobre a indicação de Jean Paul Prates para exercer o cargo de presidente e membro do Conselho de Administração da empresa. A indicação oficial será formalizada após os trâmites na Casa Civil da Presidência da República.
Além de mudança na presidência, o início de ano da Petrobrás tem sido movimentado por outros fatores. Nesta semana, o novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deu indicativos de que a política de preços da petroleira deverá sofrer mudanças. O novo líder da pasta defendeu que é preciso implementar um desenho de mercado que promova a competição, mas que preserve o consumidor da volatilidade dos preços dos combustíveis. “Precisamos exercitar nossa criatividade e pensar em soluções que funcionem para os investidores, mas em especial para o povo brasileiro”, declarou o ministro.
A reação do mercado tem sido vista nos números. As ações ordinárias (com direito a voto) da Petrobrás sofreram queda de 2,5% na terça-feira. No dia anterior, o tombo havia sido ainda maior – recuo de 6,6%. Os investidores estão temendo que o novo governo interfira diretamente nos rumos da estatal.
Já vai tarde