CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA ELETROBRÁS PODE DECIDIR HOJE O MODELO DE NEGÓCIOS PARA ANGRA 3
O Conselho de Administração da Eletrobrás pode estar decidindo agora (26) qual será o modelo de negócios que será utilizado para a conclusão das obras da usina nuclear Angra 3. A reunião está acontecendo nas dependências das usinas nucleares, em Angra dos Reis. A promessa de que este modelo seria concluído até o final deste mês, foi cumprida. Agora, o conselho da companhia analisa o resultado do trabalho minucioso que foi comandado pelo presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães. Ainda não há informações se o resultado dessa reunião, com a possível definição do modelo público privado, será divulgado ainda hoje ou se a Eletronuclear dará todas as informações para as companhias estrangeiras interessadas na participação das obras. A estatal brasileira realizou diversas reuniões com as empresas interessadas para esclarecer todas as dúvidas. Até agora, as companhias que se manifestaram com interesse pela parceria público-privada são: Rosatom (Rússia), Westinghouse (Estados Unidos), EDF (França), Kepco ( Coréia do Sul) e CNNC (China). No modelo, o esperado é o que as empresas concluam as obras, com direito a venda da energia gerada a partir de 2026, com a Eletronuclear sendo a operadora da usina, com 51% do capital.
O governo prevê lançar em breve o edital de concorrência internacional para a escolha de parceiro estratégico para a conclusão do empreendimento. A expectativa é que as obras sejam retomadas em 2020 e as operações da usina tenham início em 2026. As discussões do governo sobre a conclusão da obra incluem atualmente a possibilidade de um potencial novo sócio na usina ter uma participação direta na Eletronuclear, com a criação de uma sociedade de propósito específico (SPE). As obras estão paralisadas desde 2015, após irregularidades descobertas pela operação Lava Jato. O presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Junior, estimou recentemente que o empreendimento ainda precisará de investimentos superiores a 15 bilhões de reais para ser concluído, além dos mais de 10 bilhões de reais já aportados até o momento. Todo este trabalho está sendo supervisionado pelo Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, um profundo conhecedor e incentivador do desenvolvimento da energia nuclear no país.
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