CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PETROBRÁS DEVE ESCOLHER AINDA HOJE PRESIDENTE INTERINO DA COMPANHIA | Petronotícias




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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PETROBRÁS DEVE ESCOLHER AINDA HOJE PRESIDENTE INTERINO DA COMPANHIA

ssssssO Conselho de Administração da Petrobrás, presidido por Nelson Carvalho (foto), deverá escolher um presidente interino da companhia ainda nesta sexta-feira (1). A demissão de Pedro Parente, motivada pelas discussões em torno da política de preços da estatal, repercutiu no mercado. Muitos lamentaram, mas muitos também consideraram boa a saída dele. O problema do diesel já foi resolvido e acertado entre o ministro Moreira Franco com representantes de distribuidoras e donos de postos de combustível. As novas comercializações já estão sendo feitas com R$ 0,46 abaixo do preço que o litro do diesel era vendido. Mas as discussões envolvendo a política de preços da Petrobrás vão continuar, inclusive com a gasolina. O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, foi chamado para uma reunião com Temer logo após a entrega da carta de demissão de Parente. Guardia teve uma reunião reservada com o ex-presidente da Petrobrás na quinta-feira, em São Paulo. A composição dos demais membros da diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração, disse a empresa em nota após a divulgação da notícia do pedido de demissão de Parente.

Parente caiu porque não cedeu. No governo e no Congresso, eram cada vez maiores as pressões para que a estatal praticasse uma política de preços mais flexível, sem reajustes diários. O que se quer é que a política de reajustes tenham previsibilidade. Uma mudança nessa política para deixar os preços fixos por mais tempo só seria aceita por Parente se a empresa fosse ressarcida pelas mudanças diárias no dólar e no preço do barril de petróleo. Parente  chegou a dizer que a Petrobrás não se envolvia no governo e o governo não se envolvia na Petrobrás. Mas há quem afirme que a política de preços da estatal já foi suficiente para estancar a crise financeira, deixando-a lucrativa e viável. E, quando o dólar ganhou volatilidade e o barril de petróleo subiu, seria preciso também tornar o repasse de preços para a bomba mais flexível. Mesmo assim, Parente não se mostrava disposto a aceitar mudanças na forma como a Petrobrás definiu sua política de preços sem que a estatal fosse ressarcida. Dentro da empresa, o comentário é que o Conselho de Administração vai se decidir por uma solução interna, como era a tradição da companhia. O presidente seria como um primeiro ministro e a diretoria, toda oriunda da empresa, o operacional.

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