CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA USIMINAS SE REÚNE PARA DECIDIR RUMOS DA COMPANHIA
A reunião desta quarta-feira (17) do conselho de administração da Usiminas será decisiva para o futuro da companhia. A pauta são os resultados obtidos em 2015 e a reestruturação dos negócios. Uma mudança na presidência da companhia também não está descartada, mas um novo nome para o cargo atualmente ocupado Rômel Erwin de Souza (foto) ainda não é consenso entre os acionistas.
A disputa por poder dentro da Usiminas acontece entre os dois sócios majoritários: a Nippon Steel & Sumitomo e a Ternium. O grupo japonês aceita trocar o executivo, mas quer indicar o substituto, enquanto os argentinos preferem um nome de mercado.
A companhia vem sofrendo com a queda de preço do aço por conta do excesso de oferta, fazendo com que tenha dívidas de cerca de R$ 4,3 bilhões, que vencem até 2018 Neste ano se encerra o prazo para uma dívida de R$ 1,8 bilhão.
Para que a empresa continue a operar este ano será preciso um aporte imediato de até R$ 1 bilhão por parte dos controladores, conforme será apresentado no plano de reestruturação. No entanto, injetar mais dinheiro não é visto como uma opção interessante pela Ternium, que prefere trocar o comando, também como um indicativo para o mercado de mudanças na gestão.
Os resultados do último ano sairão na próxima quinta-feira (18) e as previsões do mercado são pessimistas, com uma estimativa de prejuízo entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões no último trimestre de 2015. No acumulado dos nove primeiros meses do último ano, a Usiminas registrava perdas totais de R$ 2,3 bilhões.
A situação ruim da companhia já fez com que as atividades nas usinsa de Cubatão (SP) e Ipatinga (MG) fossem completa ou parcialmente suspensas, com altos fornos paralisados desde maio de 2015, além do fim da produção de aço bruto e líquido na unidade paulista.
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