CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL COLOCA PEQUENAS CENTRAIS NUCLEARES E FUSÃO NUCLEAR EM LISTA DE PRIORIDADES
O comitê executivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), colegiado vinculado à Presidência da República, reuniu-se nesta semana para debater e elaborar uma nova política industrial para o Brasil. O comitê é o fórum técnico do CNDI, sendo formado apenas por representantes governamentais. “A tarefa do CNDI é ouvir bastante a indústria, identificar os gargalos e traçar medidas para impulsionar a atividade industrial”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin na abertura da reunião.
Durante o encontro, o comitê definiu um conjunto de sete macro desafios a serem enfrentados pela política industrial a ser elaborada, e que têm como objetivo final melhorar a vida dos cidadãos. Um dos temas diz respeito à descarbonização da Indústria, viabilização da transição energética e bioeconomia. Isso inclui avançar no domínio e produção de tecnologias críticas a de energia solar, eólica e em pequenas centrais nucleares. Outro tema de interesse será o avanço na pesquisa e desenvolvimento da fusão nuclear.
Além disso, outros tópicos adicionados na lista de prioridades do CNDI são: aumentar a produção nacional de biocombustíveis, com o domínio de diferentes rotas tecnológicas; dominar rota tecnológica de hidrogênio verde; desenvolver a química verde; e ocupar elos na fronteira de produção de baterias.
Foi aprovado ainda um cronograma de trabalho para o Conselho, que deverá ter sua primeira reunião de alto nível com todos os componentes já no mês de junho. Veja a seguir todas as missões definidas na reunião do comitê do CNDI:
1 – Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para erradicar a fome – O objetivo é aumentar a oferta de alimentos nutritivos e diversificados com aplicação de biotecnologia, ampliando a nacionalização dos bioinsumos; reduzir a dependência externa de máquinas, implementos agrícolas e fertilizantes e insumos; desenvolver equipamentos e soluções digitais para o campo e para o monitoramento dos biomas.
2 – Complexo da saúde resiliente para a prevenção e o tratamento de doenças — foco em aumentar a autonomia em tecnologias críticas para a produção nacional de vacinas, medicamentos e equipamentos médicos; desenvolver produtos para a prevenção e o tratamento de doenças; desenvolver tecnologias da informação e comunicação para o setor de saúde.
3 – Infraestrutura sustentável para a integração produtiva — Destravar obras de infraestrutura, com vistas ao adensamento e ao uso de materiais sustentáveis; universalizar a cobertura 5G e desenvolver empresas de hardware e software associados; construir cadeias regionais de valor e a integração produtiva com os vizinhos, incluindo em minerais estratégicos.
4 – Transformação digital da indústria – Desenvolver empresas líderes em tecnologias digitais emergentes, como inteligência artificial, internet das coisas e realidade virtual; apoiar competidores brasileiros no segmento de plataformas digitais.
5 – Descarbonização da Indústria, viabilização da transição energética e bioeconomia – Consolidar e expandir a produção nacional de biocombustíveis, com o domínio de diferentes rotas tecnológicas; dominar rota tecnológica de hidrogênio verde; desenvolver a química verde; ocupar elos na fronteira de produção de baterias; avançar no domínio e produção de tecnologias críticas a de energia solar, eólica e em pequenas centrais nucleares; dominar tecnologias da economia circular; avançar no P&D da fusão nuclear.
6 – Tecnologias críticas para a soberania e a defesa nacionais – Dominar tecnologias e produzir bens críticos à defesa nacional, inclusive em micro e nano eletrônica; desenvolver, fabricar e lançar satélites; desenvolver tecnologias digitais emergentes para a segurança pública; expandir capacidades internas em cibersegurança.
7 – Moradia e mobilidade sustentáveis para o bem-estar nas grandes cidades – Garantir eficiência na produção e promover a sustentabilidade ambiental nas cadeias de fornecimento do Minha Casa Minha Vida e em obras do Novo Plano de Investimentos (NPI); desenvolver a produção doméstica e empresas líderes em veículos e peças de transporte sob novas rotas tecnológicas ligadas à economia verde; desenvolver softwares e sistemas integrados para cidades inteligentes.
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