CONSENZA DÁ PRAZO ATÉ NOVEMBRO PARA PDVSA ENTRAR COMO SÓCIA EM RNEST
A antiga novela da Petrobrás com a PDVSA, estatal venezuelana, na refinaria Abreu Lima (Rnest) ainda não acabou. Sentado há poucos dias na cadeira de direção do Abastecimento, o diretor José Carlos Cosenza disse que o prazo da estrangeira vai até novembro, data limite para que apresente as garantias ao BNDES e tenha sua entrada definitiva no capital da refinaria.
O ex-diretor Paulo Roberto Costa já havia estendido o prazo para a Rnest após toda a conversação. Falta à venezuelana aplicar seus 40% no empréstimo de R$ 10 bilhões feito pelo BNDES à Petrobrás. A refinaria, quando estiver pronta, terá capacidade de processar até 230 mil barris/dia de óleo, e seu custo total gira em torno de R$ 26 bilhões de investimento.
Sem conseguir concluir a comprovação das garantias exigidas pelo BNDES para a entrada no projeto, a petroleira venezuelana passou por um verdadeiro desacordo quanto às datas impostas para aceitação como sócia. A Petrobrás deu uma data, a presidente Dilma Rousseff outra. Mesmo assim a PDVSA não conseguiu cumprir nenhum dos prazos.
Cosenza não está preocupado com atrasos nas obras. A estatal brasileira já construiu sozinha metade do projeto e tem expectativa de iniciar a operação em meados de 2013. Segundo ele, o cronograma não sofre qualquer tipo de atraso. A única alteração no plano original, celebrado em 2005, é que a refinaria vai processar o petróleo brasileiro do Campo de Marlim, da Bacia de Campos, e não o óleo de Carabobo, na Venezuela.
O setor petrolífero venezuelano teve uma expansão 2,2%. A PDVSA quer aumentar a produção de petróleo pesado da bacia do rio Orinoco. A meta do governo é produzir 3,5 milhões de barris por dia até o fim do ano, contra os atuais 3 milhões de barris. O petróleo representa quase 95% das exportações do país.
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