CONSÓRCIO DESISTE DE EXPLORAR PETRÓLEO NA BACIA DO PENICHE, EM PORTUGAL
Não há interessados em realizar pesquisas por petróleo na Bacia de Peniche, no litoral oeste de Portugal. A Galp, petrolífera portuguesa, que integra o consórcio que detinha a concessão para aquela área desde 2007, desistiu de fazer essas pesquisas. A Galp tem 30% do contrato de concessão, celebrado em 18 de maio de 2007, por negociação direta. O consórcio era integrado pela Repsol (34%), Kosmos (31%) e a Partex (5%). e abrangia quatro blocos, designados como Camarão, Ameijoa, Mexilhão e Ostra, mas no primeiro semestre deste ano o consórcio desistiu de avançar em três concessões que detinha.
Os contratos dos blocos Ameijoa, Mexilhão e Ostra terminaram por pedido do próprio consórcio, com base na análise aos dados geológicos recolhidos, que demonstraram que “não têm magnitude nem dimensão que justifiquem o desenvolvimento de um projeto”. Ainda assim, o consórcio manteve um bloco, designado Camarão, que deixou também de ter um contrato ativo com a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), mas nem a Galp nem o organismo explicam a razão para a suspensão do contrato.
Na semana passada, o movimento Peniche Livre de Petróleo celebrou o cancelamento dos contratos de pesquisa de petróleo na Bacia de Peniche, depois da ENMC ter atualizado o mapa de licenças/concessões de prospeção e produção de petróleo em Portugal, mantendo apenas o contrato para a pesquisa em terra na Bacia Lusitânica, nas áreas Batalha e Pombal, à Australis Oil & Gas Ltd, e a pesquisa offshore na Bacia do Alentejo, com o consórcio liderado pela petrolífera italiana Eni e a Galp. O movimento Peniche Livre de Petróleo, que em dezembro entregou à Assembleia da República uma petição pelo cancelamento de todos os contratos, diz que o documento não perde relevância, uma vez que os contratos em terra – numa faixa litoral que se estende de Caldas da Rainha a Soure – ainda estão em vigor.
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