CONSÓRCIO KERUI-MÉTODO CORRE RISCO DE NÃO VOLTAR PARA CONCLUIR A OBRA DA UPGN QUE FOI PARALISADA
o consórcio Kerui Método enviou uma carta para os seus fornecedores das obras da UPGN do Comperj, falando que a Pandemia do Coronavírus estava atrapalhando o seu fluxo de caixa e comprometendo os pagamentos. Esta carta foi enviada a pedido da própria Petrobrás, pelo gerente responsável pela obra, que já estava convivendo e reclamando dos atrasos seguidos e do mau desempenho do consórcio. A performance já era tão ruim que dentro da estatal já não se acredita mais que o consórcio sino-brasileiro possa concluir a obra. Na carta enviada, a empresa fala em renegociar e reagendar os pagamentos, se desculpa, e diz que vai fazer o possível para minimizar os impactos junto aos seus fornecedores e colaboradores. É uma carta que documenta um “devo não nego pago quando puder.” Mas, pelo andar da carruagem, vai ser difícil o consórcio formado pelas duas empresas volte para concluir a obra. Como se dará a solução. Ainda não se sabe. Pode ser que seja escolhida as empresas mais bem classificadas. Este foi resultado da licitação para a construção da UPGN:
preços propostos pelos participantes:
1º – Shandong Kerui – R$ 1.947.000,00;
2º – Fluor – R$2.284.738,00;
3º – Cobra/Qualiman – R$ 2.284.791,00;
4º – Tecnimont – R$ 4.246.175,00
A Metasa, por exemplo, uma das maiores e mais tradicionais empresas do país, fornecedora de estrutura metálica, é uma das empresas que vai sofrer para receber. A conta do consórcio é alta com a empresa do sul do país. Mas a Metasa está uma numa lista de muitas. O problema social que essa interrupção de pagamento vai provocar na cadeia de fornecedores é muito grave. Um grande impacto. Há alguns meses a Petrobrás tem reclamado da performance da obra. Mas, para falar a verdade, muito desses problemas se deve ao próprio processo que a Petrobrás impõe desde a licitação, a escolha do vencedor e depois os pedidos de descontos. Tudo que era planejado, acaba info por água abaixo.
Para lembrar, a estatal só anunciou a assinatura do contrato com o consórcio vencedor da licitação, no dia 28 de março de 2018, cinco meses depois de anunciar o nome do vencedor. A companhia informou também que o valor desse contrato ficou aproximadamente em R$ 1,95 bilhão para a construção da unidade, abaixo do que a empresa esperava pagar. Seis meses depois de negociação e mais atraso na obra, os valores do contrato ficaram os mesmos do resultado da licitação. A unidade integra o projeto Rota 3, destinado ao escoamento da produção de gás natural de campos do pré-sal da Bacia de Santos. As obras que começam ainda no primeiro semestre de 2018, estava prevista para encerrar no segundo semestre deste ano, o que obviamente não vai acontecer. Já na época se dizia que a empresa chinesa não tinha experiência para fazer o trabalho. Mas, a Petrobrás insistiu e escolheu a de menor preço. Resultado, de novo, vai pagar mais caro pelo atraso.
Também para lembrar, a unidade de processamento de gás será a maior do país, com capacidade de processamento de até 21 milhões de m³ por dia. O projeto irá ampliar a infraestrutura de escoamento e processamento de gás do pré-sal da companhia, que passará de 23 milhões, para 44 milhões de m³ por dia. Além de gerar energia, o gás pode ser utilizado em veículos e indústrias. Contribuirá também para reduzir a necessidade de importação de gás natural, assim como viabilizar o aumento da produção de óleo do pré-sal, uma vez que aumentará o processamento de gás associado ao petróleo produzido na região.
O Petronotícias tentou entrar em contato com consórcio, mas seus telefones estão desligados e a mensagem via e-mail não foi respondida.
E ai, eles voltaram ou não? Tenho visto uma mensagem supostamente deles circulando em grupos no WhatsApp procurando profissionais. Será mais uma fake da internet?
Também gostaria de saber. Recebi esta mensagem no grupo e enviei o CV do meu primo.
Sempre a velha história (burra) do menor preço.