CONSTRUÇÃO DA SEDE DA PETROBRÁS NA BAHIA FOI SUPERFATURADA EM R$ 1 BILHÃO
Esta foi uma semana muito movimentada no setor de óleo e gás, e a sexta-feira (23) também trouxe fatos importantes que mexeram com o mercado. A Polícia Federal deflagrou hoje a 56ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Sem Fundos”, com 22 de decretos de prisão para pessoas investigadas por corrupção e fraude na construção da sede da Petrobrás, na Bahia. De acordo com a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Isabel Groba (foto), o superfaturamento na obra – orçada em R$ 320 milhões – foi de quase R$ 1 bilhão, elevando os custos do empreendimento para R$ 1,3 bilhão.
Até o momento, 17 pessoas foram presas. Os investigados são executivos das empresas que se envolveram na construção do empreendimento, além de intermediadores, agentes públicos da Petrobrás e os então dirigentes do fundo de pensão Petros. Os detidos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).
O esquema funcionou da seguinte maneira: o fundo Petros se comprometeu a realizar a obra do prédio e a Petrobrás alugaria o edifício por 30 anos. A partir de então, membros da empresa e do fundo de pensão passaram a fraudar as licitações para contratar as seguintes empresas: Mendes Pinto Engenharia (gerenciadora da obra); Chibasa Projetos de Engenharia (responsável pelo projeto executivo); e OAS e Odebrecht (empreiteiras que tocaram a construção).
Ainda de acordo com os investigadores, foram identificados dois esquemas simultâneos de pagamentos de propinas realizados pelas empreiteiras OAS e Odebrecht entre 2011 e 2016. Os valores eram repassados a agentes públicos da Petrobrás, aos dirigentes da Petros, ao Partido dos Trabalhadores (PT). As empreiteiras pagaram R$ 68,2 milhões em vantagens indevidas, quase 10% do custo da obra. Esse valor foi incluído no preço total do prédio, trazendo prejuízos à Petrobrás. Isso porque o aluguel pago pelo empreendimento é calculado sobre o valor total do empreendimento.
Foram ainda celebrados aditivos ao contrato de gerenciamento, em favor da Mendes Pinto, e ao contrato da obra, em favor da OAS e da Odebrecht (que, naquela oportunidade, formaram uma sociedade de propósito específico chamada Edificações Itaigara). Isso aumentou ainda mais os rombos aos cofres da Petrobrás.
E ainda tentam incriminar um engenheiro aposentado da Petrobras por suposta quebra de sigilo funcional por ter apresentado documentos da estatal nas denuncias que encaminhou a Ouvidoria Geral da Petrobras.
Caramba!
Imagino o quantos esquemas fraudulentos devam existir dentro da empresa. Acho que isso nunca vai acabar. Podem ter diminuído com a lava-jato, mas deve acontecer até hoje.
A torre de Pituba Bahia e Sede administrativa da Petrobras na reta da Penha em Vitória – ES foram objetos de saqueamento do esquema corrupto que denunciei a Ouvidoria Geral da Petrobras. Na atualidade, estou sendo incriminado pelo Departamento jurídico da Petrobras por ter denunciado ilícitos do Petrolão envolvendo funcionários do alto escalão da estatal. Continuar lendo:
https://plus.google.com/u/0/111042509761544876242/posts/AxNNR383hsq
EXPOSIÇÃO DE DOCUMENTOS SIGILOSOS E CONFIDENCIAIS NA MÍDIA NA ATUALIDADE: Foi publicado no dia de Hoje no ESTADÃO (25 de Novembro de 2018) uma matéria do jornalista Ricardo Brandt intitulada: Palocci acusa Lula de interferir em fundos de pensão. https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/palocci-acusa-lula-de-interferir-em-fundos-de-pensao/ Na matéria, o jornalista informa que o Ex-ministro Palocci detalha em delação pressão do petista (Lula da Silva) na Previ, Petros e Funcef para investirem na Sete Brasil, criada em 2010 para contratar para Petrobrás construção de navios-sondas para exploração do pré-sal. Em delação premiada à Polícia Federal, o ex-ministro Antônio Palocci relata suposta atuação criminosa do ex-presidente Luiz Inácio… Read more »