CONSTRUÇÃO DE PEQUENOS REATORES MODULARES PASSA A SER POLÍTICA DO GOVERNO INDIANO, QUE ENVOLVE EMPRESAS PRIVADAS NO PROJETO

O Ministro de Estado da Índia, Jitendra Singh, convocou as empresas do setor privado e as startups do seu país para participarem do desenvolvimento da tecnologia de pequenos reatores modulares (SMRs). O primeiro-ministro Narendra Modi estabeleceu o roteiro para a transição de energia limpa por meio de “compromissos climáticos ousados”, que se refletem nas contribuições atualizadas da Índia determinadas nacionalmente – as NDCs – sob o acordo climático de Paris, disse Singh. A Índia já “tomou medidas” para uma transição de energia limpa com o objetivo de atingir zero até 2070, disse ele: “A energia nuclear, em termos de energia de base, pode agora desempenhar um grande papel na estratégia de descarbonização e é neste contexto que o papel da energia nuclear será crítico para a transição de energia limpa, não apenas da Índia, mas para todo o mundo. Pequenos reatores modulares – os SMRs, como os chamamos – com capacidade de até 300 MW, por natureza são flexíveis em design e requerem uma pegada menor”.

Sua “tecnologia móvel e ágil” significa que os SMRs podem ser construídos na fábrica – ao contrário dos reatores nucleares convencionais que são construídos no local – e também oferecem economia significativa em termos de custo e tempos de construção reduzidos, acrescentou. “Os SMRs são uma tecnologia promissora também na descarbonização industrial, especialmente onde há necessidade de fornecimento confiável e contínuo de energia. Também se diz que um SMR é mais simples e seguro em comparação com grandes usinas nucleares”. O papel futuro do setor privado precisa ser “extensivamente explorado” no desenvolvimento da tecnologia SMR na Índia, disse ele, acrescentando que o compartilhamento de tecnologia e a disponibilidade de financiamento são os “dois elos cruciais” para garantir a disponibilidade comercial da tecnologia SMR dentro o país.